Americana pode até morrer se comer alho, devido a doença associada ao Conde Drácula

  
Uma americana está chamando a atenção na internet por ser vítima de uma condição rara que a transformou em “Drácula” da vida real. A rara doença faz com ela tenha dores alucinantes e possa até morrer se ingerir alho, assim como o famoso vampiro da obra do escritor irlandês Bram Stoker (1847-1912).

Como mostra o jornal americano New York Post, Phoenix Nightingale, de 32 anos, mora no estado de Minnesota (EUA), e foi diagnosticada, em agosto de 2023, com porfiria aguda intermitente, um distúrbio metabólico muito raro que resulta em sintomas como dor, enxaquecas, constipação e vômitos desencadeados por uma alergia aguda ao enxofre, muito comum no alho.

“As pessoas chamam isso de doença vampírica”, comenta a americana.

Estudiosos acreditam que o Conde Drácula (Draculea, em romeno) da vida real, o príncipe Vlad III (1431-1476), o Empalador, da região de Valáquia, na Romênia, teria porfiria aguda, o que inspirou a fábula de vampiros que odeiam alho e são avessos à luz solar.

Como revela ao jornal americano, Phoenix, que é mãe de dois filhos, tem que evitar qualquer alimento que contenha enxofre, pois comê-lo em “grandes quantidades ou por um longo período pode ser fatal”. Os sintomas, de acordo com ela, podem “surgir do nada”.

“Não como alho desde que fui diagnosticada. Nunca consegui comer pão de alho. Isso poderia me levar a um ataque”, diz a americana, descrevendo os sintomas graves como crises de vômito que duram dois dias, podendo chegar a 60 vezes ao longo de um ataque, e dificuldades respiratórias.

Phoenix Nightingale, citada pelo New York Post, revela que sofreu mais de 480 ataques enquanto buscava resposta para sua condição, que só veio no ano passado. A dor, ela acrescenta, não pode ser remediada nem com medicamentos de tarja preta. Ela afirma que a dor é mais intensa que a do parto.

“Tive um ataque em que não fui ao hospital e durou 40 horas. Foi vômito sem parar, perda de consciência, gritos e choro”, diz Phoenix.

Comer fora de casa para a americana é desafiador, já que o alho é um ingrediente popular em muitas cozinhas. Outros alimentos que ela evita ingerir são uvas vermelhas, soja, álcool e café.

“Quando saio para jantar, a menos que seja em um lugar que eu conheça, olho para o menu e choro porque não sei o que posso comer e prefiro ficar com meus alimentos seguros”, conta, citada pelo jornal americano.

Ela fez questão de compartilhar sua condição rara para que os internautas tenham consciência de que qualquer pessoa pode ser vítima da doença cujo diagnóstico é muito complicado.