Alimentação
Holanda alerta para garrafas da champanhe Moët & Chandon batizadas com ecstasy
Não se sabe como a perigosa droga foi parar dentro das garrafas de três litros da Moët & Chandon Ice Impérial
Depois de uma garrafa da champanhe Moët & Chandon ter causado uma morte e oito hospitalizações na região da Baviera, na Alemanha, no início de fevereiro, o produto contaminado voltou a fazer vítimas. Segundo a revista holandesa Stern, a bebida batizada com 3,4-Methylenedioxymethamphetamine (MDMA), popularmente conhecida como ecstasy, vitimou um homem e deixou sete pessoas doentes na cidade alemã de Weiden. Além desse caso, quatro holandeses também precisaram de atendimento médico após ingerirem o produto.
Em comunicado, citado pela revista, a Autoridade Holandesa de Segurança Alimentar e Produtos de Consumo (Nederlandse Voedsel-en Warenautoritreit ou NVWA, na sigla em holandês) alertou os consumidores da Alemanha e da Holanda para terem cuidado ao beber a champanhe Moët & Chandon Ice Impérial, vendida em garrafas de três litros.
Essas champanhes podem conter a droga MDMA e, ao ser ingerida, pode ocasionar até a morte. A NVWA também alertou o Escritório Federal Alemão de Proteção ao Consumidor, conforme a Stern.
O aviso refere-se às garrafas de Moët & Chandon Ice Impérial, de três litros, com lote de fabricação LAJ7QAB6780004. O líquido não espuma no copo e o ecstasy apresenta cor marrom-avermelhada e cheira a anis, informa a autoridade alimentar holandesa.
A fabricante Moët Hennessy, de acordo com a Stern, informou às autoridades que as garrafas contaminadas foram adquiridas em um site ainda não identificado. Não se sabe como a droga entrou nas garrafas. Portanto, não é possível avaliar se há mais produtos batizados em circulação. A empresa anunciou na última sexta (25/2) que não era "uma questão de qualidade, mas sim, um caso criminal".
Mesmo o consumo de pequenas quantidades de ecstasy pode causar sérios danos, alerta a NVWA, da Holanda. "Mesmo molhar a ponta do dedo no líquido e provar pode levar a sérios problemas de saúde, ainda que não seja ingerido. Não se deve tocar no conteúdo, muito menos experimentá-lo. Tomar um pequeno gole pode ser fatal", diz a autoridade holandesa, citada pela revista.