Prefeito de Nova Iorque causa polêmica ao dizer que queijo é como heroína

O novo prefeito de Nova Iorque, nos EUA, o democrata Eric Adams, está causando polêmica na internet depois que comparou queijo à heroína.

“A comida é como uma droga. E, de fato, os estudos mostram que a mesma região do cérebro que te encoraja a usar drogas também te vicia em comida. A comida é viciante. Você pega alguém que usa heroína e coloca num cômodo, e alguém viciado em queijo, coloca em outro. Então, tira fora os produtos. Duvido me dizer qual pessoa é viciada em heroína e qual é viciada em queijo”, comenta o prefeito em coletiva de imprensa citada pelo jornal britânico The Guardian.

Eric Adams se identifica como vegano, embora já tenha admitido oficialmente que, às vezes, come peixe. A fala polêmica surgiu quando ele estava dizendo que quer convencer os nova-iorquinos a mudarem para uma dieta mais baseada em vegetais.

“Quanto mais você come plantas e frutas, mais seu estilo de vida será saudável. Longe de alimentos processados, mais saudável você será. Sei como me sinto todos os dias e quero que você se sinta da mesma maneira”, diz o prefeito de Nova Iorque, citado pelo jornal.

Embora o democrata não tenha citado os estudos, uma pesquisa publicada em 2015 na revista científica Plos One, cientistas da Universidade de Michigan (EUA) descobriram que o queijo estava entre os alimentos mais viciantes do mundo – graças à gordura, ao açúcar e ao sódio.

Como era de se esperar, os internautas não gostaram das palavras de Eric Adams.

O The Guardian cita como exemplo o escritor americano Tom Ricks, que publicou no Twitter: “Eu gosto de coisas complicadas, como parmesão e gouda envelhecidos. Existe algum lugar onde eu possa obter ajuda?”.

Piadas à parte, a médica Kim Sue, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, também comentou sobre a associação entre heroína e queijo, como mostra o jornal brtiânico: “O estigma e a moralização são abundantes e não são úteis”.

Na mesma coletiva de imprensa, Eric Adams disse que seus eleitores devem “ignorar os burburinhos” e não “se preocupar com o que está no prato do prefeito”.