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Alimentação

Que tal comer queijo e ainda prevenir colite ulcerativa?

Por Da Redação  em 19 de maio de 2022

Estudo da UFMG cria queijo minas frescal com efeitos probióticos e de proteção do intestino grosso contra inflamação

Que tal comer queijo e ainda prevenir colite ulcerativa?
(Foto: iStock)

 

Gosta de queijo? E se pudesse comer um produto que ajudasse a prevenir colite ulcerativa (inflamação no intestino grosso)? Essa é a ideia de um estudo realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e publicado em 2014 na revista científica Gut Ptahology.

Pesquisadores desenvolveram um queijo minas frescal funcional com potencial probiótico para tratamento e prevenção da colite ulcerativa, caracterizada por inflamação e ulceração da camada mais superficial do cólon, no intestino grosso. O produto tem as mesmas características desse tipo de queijo típico de Minas Gerais e é acrescido da bactéria L. lactis NCDO 2118, que demonstrou capacidade de combater e evitar quadros graves da doença em camundongos.

Para testar o potencial do queijo funcional com efeito probiótico no tratamento da colite ulcerativa, os cientistas induziram a doença em cobaias. “Os animais desenvolviam a doença e, concomitantemente, nós entrávamos com o tratamento com o queijo probiótico. Induzíamos a doença nos camundongos durante sete dias e, nesse período, dávamos a eles o produto probiótico”, explica a bióloga Bárbara Cordeiro, da UFMG, principal autora do estudo, citada pelo site da universidade mineira.

Segundo a pesquisadora, o experimento com o queijo minas frescal durou cerca de três anos, incluindo a realização de análises imunológicas, bioquímicas e de biologia molecular. O produto foi consumido pelos animais que desenvolveram a colite ulcerativa e por camundongos saudáveis, do grupo de controle.

“Nosso grupo experimental de interesse era formado por animais doentes tratados com o queijo contendo a bactéria probiótica. No geral, eles apresentaram melhora significativa em todos os parâmetros da doença, por vezes se assemelhando, em alguns indicadores, aos padrões de um animal não doente”, comenta Bárbara ao site da UFMG.

Com o bom resultado do minas frescal, Bárbara Cordeiro também propôs o desenvolvimento de outros dois queijos funcionais: o francês emmental e o prato, que não apresentou as características básicas necessárias para ser considerado um bom alimento funcional.

(Com Comunicação da UFMG)