Alimentação
Quer reduzir a inflamação? Aprenda com a Tanzânia
Segundo estudo recente, os alimentos da dieta tradicional dos tanzanianos são ricos em flavonoides, que evitam as inflamações
Quem quer se alimentar de forma saudável, deve trocar a carne vermelha e outros alimentos ricos em gordura saturada por proteínas magras como o salmão. Cientistas descobriram que a dieta tradicional da Tanzânia, na África, ajuda a reduzir a inflamação.
O estudo, publicado na revista científica Nature Immunology no final de fevereiro, avalia como a saúde dos tanzanianos que vivem em áreas urbanas (com dieta mais “ocidentalizada”, tipo a dos EUA) se compara à dos que vivem em áreas rurais.
Os pesquisadores descobriram que os moradores das cidades da Tanzânia apresentavam mais inflamação do que os que seguiam a dieta tradicional do país.
“O que observamos é que as dietas tradicionais na Tanzânia contêm grandes quantidades de produtos ricos em flavonoides, incluindo painço, sorgo e vegetais, que possuem propriedades anti-inflamatórias”, comenta o pesquisador Mihai G. Netea, do Centro Médico da Universidade de Radboud, nos Países Baixos, um dos autores do estudo, em entrevista ao site Eat This, Not That!
Segundo ele, é provável que o consumo de flavonoides contribua para uma resposta imunológica mais equilibrada, com ausência de inflamação, que está associada a doenças metabólicas e cardiovasculares.
Dieta para ser saudável
A dieta da Tanzânia também inclui uma grande diversidade de alimentos ricos em macronutrientes (gorduras boas, proteínas e carboidratos) essenciais para manter a saúde ideal.
“Para maximizar a saúde, uma dieta balanceada é essencial. A alimentação tradicional da Tanzânia inclui alimentos diversificados que promovem uma vida saudável, como frutas, vegetais, grãos inteiros e legumes”, Wafaie Fawzi, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (RUA), que não participou do estudo, também em conversa com o site especializado.
Já a dieta típica ocidental, como a dos Estados Unidos, apresenta um grande “consumo de alimentos não saudáveis, incluindo grandes quantidades de carne vermelha e processada e carboidratos refinados e açúcar”, de acordo com Fawzi.