busca

Alimentação

Teria coragem de comer insetos? Em Cingapura, eles passaram a ser oficialmente comida

Por João Paulo Martins  em 11 de julho de 2024

O país do sudeste asiático autorizou a importação e a criação de 16 tipos de insetos para a alimentação humana

Teria coragem de comer insetos? Em Cingapura, eles passaram a ser oficialmente comida
Grilos e gafanhotos devem entrar no cardápio dos cingapurenses em breve (Foto: Pixabay)

 

Cingapura virou notícia em todo o mundo, nesta quinta (11/7), ao reconhecer oficialmente 16 tipos de insetos para consumo humano, de abelhas a larvas de besouro.

“Com efeito imediato, a SFA permitirá a importação de insetos e produtos feitos com insetos pertencentes a espécies que foram avaliadas como de baixa preocupação regulatória”, diz trecho do comunicado à imprensa da Agência Alimentar de Singapura (Singapore Food Agency ou SFA), citado pelo jornal americano New York Post.

De acordo com a nova regulamentação, as pessoas poderão importar ou criar em cativeiro, para alimentação humana e animal, os seguintes insetos:

  

  1. Abelha ocidental/abelha europeia
  2. Bicho-da-seda
  3. Mariposa-da-cera
  4. Traça-da-cera
  5. Larva de besouro-rinoceronte
  6. Grub branco
  7. Larva-da-farinha (tenébrio)
  8. Larva-da-farinha menor
  9. Tenébrio gigante
  10. Gafanhoto
  11. Gafanhoto-do-deserto
  12. Gafanhoto-migratório
  13. Grilo-campestre-mediterrânico
  14. Grilo-do-campo
  15. Grilo-caseiro-tropical
  16. Grilo-doméstico

  

Teria coragem de comer insetos? Em Cingapura, eles passaram a ser oficialmente comida
Tenébrios também foram aprovados para alimentação humana e animal pela agência reguladora (Foto: Pixabay)

 

A única restrição da agência é que os insetos não sejam apanhados na natureza. Os vendedores precisam apresentar documentos que comprovem que os insetos são cultivados em instalações regulamentadas pela autoridade competente.

Como lembra o New York Post, essa política de Cingapura é semelhante às leis dos Estados Unidos que estipulam que apenas carne de caça criada em fazendas pode ser servida em restaurantes.

Além disso, qualquer inseto que não esteja na lista da SFA precisa ser examinado para garantir que é seguro para o consumo humano.

As importações permitidas vão dos próprios bichos a óleo de inseto, massa crua com partes de insetos, chocolate e outros alimentos compostos com, no máximo, 20% de partes de insetos, bem como larvas de abelhas salgadas, defumadas e secas, larvas de besouros marinadas e pupa do bicho-da-seda.