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Alimentação

Tome café da manhã às 8h30, recomendam cientistas

Por João Paulo Martins  em 20 de março de 2021

Estudo feito nos EUA revela que fazer o desjejum logo cedo pode evitar problemas metabólicos como resistência à insulina

Tome café da manhã às 8h30, recomendam cientistas
(Foto: Pixabay)

Qual é a melhor hora para tomar o café da manhã? De acordo com um novo estudo, você não deve esperar muito. Isso porque fazer o lanche matinal antes das 8h30 pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2, dizem os pesquisadores.

O estudo pela Universidade de Northwestern, nos EUA, e apresentado na conferência online da Sociedade Americana de Endocrinologia (20 a 23/3), mostra que as pessoas que comem antes das 8h30 apresentam níveis mais baixos de açúcar no sangue e menos resistência à insulina.

A descoberta pode não agradar quem é partidário do jejum intermitente, uma estratégia de dieta popular que normalmente exige que se fique até 10 horas sem comer. Em vez disso, saborear o primeiro lanche do dia bem cedo pode ser a melhor alternativa.

“Descobrimos que pessoas que começaram a comer no início do dia tinham níveis mais baixos de açúcar no sangue e menos resistência à insulina, independentemente de terem restringido a ingestão de alimentos a menos de 10 horas por dia ou a ingestão de alimentos foi distribuída por mais de 13 horas diárias”, afirma a pesquisadora Marriam Ali, principal autora do estudo, citada pelo site Study Finds.

Segundo ela, o horário da refeição está mais fortemente associado ao metabolismo do corpo do que a duração.

Entenda o estudo americano

Os cientistas avaliaram dados de 10.575 adultos que participaram do estudo americano National Health and Nutrition Examination Survey. Eles dividiram os participantes em três grupos, dependendo de seus hábitos alimentares: os que comiam num intervalo de menos de 10 horas (jejum intermitente) por dia; se alimentavam de 10 a 13 horas; ou mais de 13 horas por dia.

Eles então criaram seis subgrupos com base em quando as pessoas começaram a comer – antes ou depois das 8h30. Os resultados mostram que os níveis de açúcar no sangue em jejum não mudavam muito entre os diferentes grupos.

A resistência à insulina foi maior com a duração do intervalo de alimentação mais curta (jejum intermitente) e menor em todos os grupos que faziam o café da manhã antes das 8h30.

Vale lembrar que a resistência à insulina ocorre quando o corpo não responde tão bem ao hormônio produzido pelo pâncreas, e que é responsável pela quebra da glicose (açúcar) no sangue.

Pessoas com resistência à insulina podem ter maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.