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Bem-Estar

Buenos Aires passa a exigir registro de cães “potencialmente perigosos”

Por João Paulo Martins  em 14 de junho de 2021

Entre as 17 raças que precisam ser registradas no órgão ambiental da capital argentina estão pitbull, pastor alemão e fila brasileiro

Buenos Aires passa a exigir registro de cães “potencialmente perigosos”
(Foto: Freepik)

Após publicação de uma resolução na última sexta (11/6) pela Agência de Proteção Ambiental, a cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, passa oficialmente a reconhecer 17 raças “potencialmente perigosas” de cachorros, que precisam ser registradas pelos donos.

Segundo informações publicadas pelo jornal argentino El Clarín, não é proibido ter esses cães, mas seus tutores devem registrá-los no órgão ambiental e obter uma licença. Essa decisão da cidade segue as diretrizes da lei municipal 4.078, de 2011, que ainda não havia sido regulamentada.

Em maio deste ano, a cidade de La Plata também passou a exigir que proprietários dessas 17 raças registrassem seus animais até dia 30 de julho, segundo o periódico.

Em Buenos Aires ainda não houve comunicação oficial sobre os prazos, mas os donos dos pets em questão devem realizar o chamado “procedimento para inscrição no Cadastro de Proprietários de Cachorro Potencialmente Perigoso”, em formulário disponibilizado pela Agência de Proteção Ambiental.

As raças “perigosas”

Como mostra o Clarín, a 4.078 regulamenta a posse e criação dos seguintes cachorros considerados perigosos:

A legislação prevê o registro para qualquer outra raça que tenha sido treinada para atacar.

Além disso, de acordo com o jornal argentino, são considerados cães potencialmente perigosos aqueles nascidos do cruzamento entre as raças incluídas na lista ou com outras que resultem em animais com peso superior a 20 kg; cintura entre 60 e 80 cm; cabeça volumosa e baixa; pescoço e musculatura fortes; maxilar largo; boca profunda; e “caráter definido”.

Os pets que possam representar perigo, conforme a norma de Buenos Aires, devem ser identificados com uma etiqueta colocada na coleira, que deve incluir o nome do proprietário e o número da matrícula. E devem ser carregados na rua com focinheira e guia curta, de no máximo dois metros, sem extensor.

O Clarín mostra ainda que é proibido (falta grave) o abandono de cães potencialmente perigosos e o descumprimento das disposições resulta em multa que varia de 19.500 pesos argentinos (R$ 1.053) a 78.000 pesos (R$ 4.212) – o dobro em caso de reincidência.