Bem-Estar
Dia do Beijo: sabia que mononucleose, doença viral transmitida pela sailva, foi associada à esclerose múltipla?
Estudod a Universidade de Harvard (EUA) sugere que a "doença do beijo" poderia levar ao problema autoimune
Nesta quarta (13/4) é celebrado o Dia do Beijo. Apesar de ser uma data voltada ao romance e afeto, um estudo publicado em janeiro deste ano na renomada revista científica Science revela que o vírus causador da mononucleose ("doença do beijo") pode estar associado ao aparecimento da esclerose múltipla, um problema neurológico autoimune.
A pesquisa foi realizada pela Universidade de Harvard, nos EUA, e sugere que a doença crônica, que afeta a humorista Cláudia Rodrigues (Sai de Baixo e A Diarista), de 51 anos, pode ser fruto de uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, um tipo de herpes conhecido por provocar a mononucleose infecciosa, uma febre glandular também chamada coloquialmente de “doença do beijo” por ser altamente contagiosa através da saliva.
O vírus causa sintomas como fadiga, febre, erupção cutânea e glândulas inchadas, e os pesquisadores americanos propõem que ele também possa iniciar uma infecção latente e vitalícia que leva ao aparecimento da esclerose múltipla, que não tem cura e é caracterizada pela inflamação crônica no sistema nervoso central.
O estudo publicado na Science analisou 955 jovens adultos que foram diagnosticados com esclerose múltipla durante o serviço ativo nas forças armadas dos EUA.
Comparados com amostras de 10 milhões de outros militares, eles descobriram que o risco de esclerose aumentou 32 vezes após ser infectado pelo vírus Epstein-Barr. Nenhum outro micro-organismo aumentou o risco da doença autoimune.
O problema é que não há como evitar o contágio pelo Epstein-Barr, já que a estimativa é que cerca de 95% dos adultos estão infectados com o vírus da herpes.