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Bem-Estar

Estudo associa diagnóstico precoce de diabetes ao maior risco de demência

Por João Paulo Martins  em 27 de abril de 2021

Pesquisadores afirmam que idosos podem ter mais chance de sofrer com o problema neurológico quando adquirem diabetes tipo 2 na meia-idade

Estudo associa diagnóstico precoce de diabetes ao maior risco de demência
(Foto: Pixabay)

Uma pesquisa publicada nesta terça (27/4) no jornal científico JAMA sugere que o risco de demência em idosos aumenta quanto mais cedo se dá o diagnóstico de diabetes tipo 2.

“Tomados em conjunto, os resultados destacam a importância da idade de início do diabetes para o risco de demência”, afirmam os cientistas no estudo.

As conclusões da pesquisa são baseadas em dados de 10.095 participantes do estudo Whitehall II do Reino Unido. Entre 1985 e 2019, 16,9% dos voluntários desenvolveram diabetes e 6,3% foram diagnosticados com demência.

No geral, as pessoas com o problema metabólico eram mais propensas a desenvolver demência: 6,25 casos anuais a cada grupo de 1.000. Nos participantes sem diabetes, a taxa foi de 1,76 por 1000.

Jovens adultos diabéticos com maior risco

De acordo com o estudo, a idade de diagnóstico do diabetes foi importante para o surgimento do problema neurológico associado ao Mal de Alzheimer. Por exemplo, entre os voluntários com 70 anos, cada 5 anos a menos na idade de início do diabetes o risco da demência aumentou 24%, em comparação com os saudáveis.

Nessa faixa etária, a taxa anual de demência em pessoas sem diabetes era de 8,86 por grupo de 1000, e os números subiram para 10, 12,99 e 18,30 por 1000 pessoas/ano para aqueles que apresentaram o problema metabólico 5, 6, 10 e mais de 10 anos antes, respectivamente.

É importante notar que os participantes com pré-diabetes (com base na glicemia de jejum) não tiveram uma probabilidade significativamente aumentada de demência em qualquer idade, apesar das taxas serem ligeiramente mais altas do que naqueles sem a doença metabólica, alertam os cientistas.

“É possível que a glicose em jejum dentro da faixa normal não afete adversamente a função cerebral. Foi demonstrado que a glicemia de jejum em pessoas sem diabetes está apenas modestamente associada ao risco de doença vascular”, afirmam os pesquisadores no estudo recém-publicado.