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Bem-Estar

Estudo associa ingestão de vitamina K1 ao menor risco de fraturas em mulheres mais velhas

Por João Paulo Martins  em 29 de dezembro de 2022

A vitamina K1, ou filoquinona, é encontrada em vegetais de folha escura, como espinafre e brócolis

Estudo associa ingestão de vitamina K1 ao menor risco de fraturas em mulheres mais velhas
(Foto: Freepik)

 

Um estudo publicado no fim de setembro deste ano na revista científica Food & Function analisou a relação entre internações causadas por fraturas e a dieta de quase 1.400 mulheres idosas. Os cientistas descobriram que a ingestão regular de vitamina K1 (filoquinona) pode reduzir significativamente o risco de hospitalização por problemas ósseos, especialmente fraturas de quadril, que costumam afetar a qualidade de vida na terceira idade, reduzindo a independência e aumentando o risco de morte.

Pesquisadores das universidades australianas Edith Cowan e da Austrália Ocidental analisaram a relação entre hospitalizações relacionadas a fraturas e a ingestão de vitamina K1 em cerca de 1.400 mulheres mais velhas que faziam parte do estudo Perth Longitudinal Study of Aging Women. Segundo o site americano de notícias científicas SciTechDaily, as voluntárias foram acompanhadas por um período de 14,5 anos e os resultados apontam que a ingestão diária de mais de 100 microgramas do nutriente – equivalente a cerca de 125 g de vegetais de folhas escuras – apresentaram 31% menos probabilidade de sofrer qualquer fratura em comparação com os que consumiram menos de 60 microgramas por dia.

As descobertas se mostraram ainda mais promissoras em relação às fraturas de quadril. As idosas que ingeriram mais vitamina K1 reduziram o risco de hospitalização por esse problema ósseo em 49%, conforme o site especializado.

De acordo com o pesquisador Marc Sim, que atua nas duas universidades australianas, principal autor do estudo recém-divulgado, os resultados foram mais uma evidência dos benefícios da vitamina K1, que também é associada à melhora da saúde cardiovascular. “Nossos resultados são independentes de muitos fatores estabelecidos para as taxas de fratura, incluindo índice de massa corporal, ingestão de cálcio, status de vitamina D e comorbidades”, comenta o cientista, citado pelo SciTechDaily.

Ele explica que a filoquinona tem papel relevante no processo de carboxilação das proteínas ósseas, como a osteocalcina, que se acredita melhorar a resistência dos ossos.

“Um estudo anterior indica que a ingestão diária abaixo de 100 microgramas de vitamina K1 pode ser muito baixa para essa carboxilação. A vitamina K1 também pode promover a saúde óssea inibindo vários agentes de reabsorção óssea”, afirma Marc Sim.

O cientista recomenda a ingestão diária acima de 100 microgramas de filoquinona, o que equivale de 75 g a 150g, ou duas porções, de vegetais como espinafre, couve, brócolis e repolho.