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Bem-Estar

Estudo associa ingestão regular de vitamina D ao menor risco de câncer de pele

Por João Paulo Martins  em 17 de janeiro de 2023

Cientistas descobriram que os voluntários que tomaram suplemento de vitamina D tinham mais calcidiol no sangue e menos chance de apresentar melanoma

Estudo associa ingestão regular de vitamina D ao menor risco de câncer de pele
(Foto: Freepik)

 

Um estudo publicado no final de dezembro de 2022, na revista científica Melanoma Research, revela que a ingestão regular de vitamina D estaria associada a taxas mais baixas de câncer de pele do tipo melanoma.

A pesquisa envolveu 498 adultos finlandeses que foram diagnosticados por dermatologistas como tendo alto risco de câncer de pele do tipo melanoma, bem como carcinoma de células escamosas e carcinoma basocelular.

De acordo com os cientistas, citados pelo site americano Medical News Today, as pessoas que tomavam vitamina D regularmente foram menos propensas ao aparecimento do melanoma, inclusive com risco mais baixo para desenvolvimento futuro desse tumor.

Os participantes tinham de 21 a 79 anos, incluindo 253 homens e 245 mulheres, e foram divididos em três grupos com base na ingestão de suplementos de vitamina D: não toma, toma ocasionalmente ou ingere regularmente.

Os pesquisadores também estavam avaliaram se o uso regular de suplementos de vitamina D levava ao aumento do calcidiol (vitamina D3) no sangue – essa é a “forma de armazenamento” da vitamina D no corpo.

Segundo o Medical News Today, alguns estudos associam o baixo nível de calcidiol na corrente sanguínea ao aumento do risco de câncer. De qualquer forma, essa substância é frequentemente usada em exames de laboratório para determinar os níveis de vitamina D do paciente.

Depois de testar os níveis de calcidiol em 260 participantes, os cientistas confirmaram que a suplementação regular ajudou a elevar os níveis desse composto.

“A questão da vitamina D no contexto dos cânceres de pele é interessante, embora bastante controversa”, afirma o pesquisador Ilkka T. Harvima, da Universidade do Leste da Finlândia, principal autor do estudo, em entrevista ao site americano.

Ele explica que ainda não há confirmação de que a suplementação seria responsável pelo aumento do calcidiol disponível no sangue.

“A própria pele humana expressa a enzima CYP27A1 que produz calcidiol a partir da vitamina D, e CYP27B1 que produz calcitriol biologicamente muito ativo a partir do calcidiol”, diz Harvima ao Medical News Today.

Além disso, é muito cedo para determinar se a ingestão regular de suplemento de vitamina D pode reduzir o risco de melanoma na população em geral. Novas pesquisas são necessárias.

“É improvável que a suplementação de vitamina D sozinha seja um medicamento eficaz para tratar o melanoma metastático”, esclarece o pesquisador finlandês.