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Bem-Estar

Estudo associa pessoas altas a problemas de saúde como infecções na pele e nos ossos

Por João Paulo Martins  em 04 de junho de 2022

Cientistas analisaram a genética de milhares de voluntários e descobriram que a estatura pode estar ligada a vários fatores de saúde

Estudo associa pessoas altas a problemas de saúde como infecções na pele e nos ossos
(Foto: iStock)

 

Pessoas mais altas têm maior propensão a uma neuropatia periférica, bem como infecções de pele e ossos, mas um risco menor de doenças cardíacas, pressão alta e colesterol alto, de acordo com estudo publicado na última quinta (2/6) na revista científica PLOS Genetics.

A estatura tem sido um fator associado a várias condições comuns, desde doenças cardíacas até câncer. Mas os cientistas têm se esforçado para determinar se o fato de ser alta ou baixa coloca a pessoa em risco, ou se a culpa é de fatores que afetam a altura, como nutrição e condição socioeconômica, é que são os verdadeiros culpados.

Como mostra o jornal britânico The Guardian, no estudo recém-publicado, os cientistas decidiram remover esses fatores analisando separadamente as conexões entre várias doenças e a estatura das pessoas, levando em conta a genética.

A equipe usou dados do programa americano Million Veteran, incluindo informações genéticas e de saúde de mais de 200.000 adultos brancos e mais de 50.000 adultos negros. Foram levadas em conta mais de 1.000 condições e características individuais.

Os resultados confirmaram descobertas anteriores de estudos menores de que ser alto está ligado a um risco maior de fibrilação atrial e varizes, e menor de doença cardíaca coronária, pressão alta e colesterol alto, revela o jornal britânico.

Os pesquisadores também descobriram que ser mais alto gera um risco aumentado de neuropatia periférica, que é causada por danos nos nervos das extremidades, bem como infecções de pele e ossos, como úlceras nas pernas e pés.

Os cientistas acreditam que a estatura pode ser um fator de risco até então desconhecido para várias doenças comuns. No entanto, de acordo com o The Guardian, o estudo atual alerta que são necessários mais testes para esclarecer algumas descobertas e verificar se o mesmo vale para populações diversas de outros países.

“Encontramos evidências de que a altura do adulto pode afetar mais de 100 características clínicas, incluindo condições ruins que afetam a qualidade de vida, como neuropatia periférica, úlceras de membros inferiores e insuficiência venosa crônica. Concluímos que a altura pode ser um fator de risco não modificável não reconhecido para várias condições comuns em adultos”, comenta o pesquisador Sridharan Raghavan, da Universidade do Colorado (EUA), um dos autores do estudo, citado pelo jornal britânico.