Bem-Estar
Estudo feito no Reino Unido diz que telefone celular não causa tumor no cérebro
Os cientistas analisaram 776.000 participantes e não encontraram relação entre os aparelhos móveis e o surgimento de câncer cerebral
Usar um telefone celular regularmente não aumenta o risco de desenvolver tumor no cérebro, de acordo com um estudo publicado na última terça (29/3) no período científico Journal of the National Cancer Institute.
Não é de hoje que as pessoas acreditavam que o uso constante de dispositivos móveis que emitem ondas de radiofrequência, perto da cabeça, poderia levar ao surgimento de problemas cerebrais.
Esse temor pode ter sido dissipado pelos resultados da pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Como mostra o tabloide britânico Daily Mail, os cientistas coletaram dados sobre uso de celular e incidência de tumor no cérebro em 776.000 mulheres britânicas. As participantes preencheram questionários sobre o uso do telefone em 2001 e foram acompanhados por cerca de 14 anos.
Segundo o estudo, não houve diferença significativa no risco de desenvolver câncer cerebral entre as usuárias e as que nunca falaram ao celular.
Os pesquisadores incluíram tumores nos lobos temporais, que são as partes mais expostas do cérebro, revela o tabloide.
Também não houve aumento no risco de desenvolver câncer entre as participantes que usavam o celular diariamente, entre as que se limitavam a cerca de 20 minutos por semana ou mesmo naquelas que estavam sem o aparelho há mais de 10 anos.
Ainda mais curioso, o total de tumores cerebrais descobertos nos lados direito e esquerdo da cabeça foi semelhante em usuários de telefones celulares, embora a maioria segure o telefone no lado direito ao fazer uma ligação.
“Esses resultados apoiam a evidência acumulada de que o uso de telefones celulares em condições usuais não aumenta o risco de tumor cerebral”, comenta a pesquisadora Kirstin Pirie, da Universidade de Oxford, uma das autoras do estudo, citada pelo Daily Mail.
Embora os resultados sejam tranquilizadores, ainda não está claro se os riscos associados ao uso de celular que foram inexistentes na pesquisa atual podem variar em pessoas que utilizam muito mais o dispositivo.
Apenas 18% das participantes relataram falar em seus telefones por 30 minutos ou mais a cada semana, informa o tabloide britânico. Além disso, a pesquisa não incluiu homens, crianças ou adolescentes.