Bem-Estar
Estudo revela que quem tem sangue tipo A tem mais risco de sofrer derrame
Cientistas também descobriram que o sangue tipo O proporciona menos risco de a pessoa ter um AVC
Pessoas com sangue tipo A são 16% mais propensas a ter um derrame ou acidente vascular cerebral (AVC) antes dos 60 anos, segundo estudo publicado na última quarta (31/8) na revista científica Neurology.
Os grupos sanguíneos B e AB têm pouco ou nenhum impacto no risco de AVC, enquanto os adultos com tipo O possuem 12% menos probabilidade de sofrer a condição neurológica, de acordo com os cientistas.
O tipo sanguíneo é determinado pelos genes de uma pessoa e as opções são A, B, O ou AB, com versões positivas e negativas (fator RH) de cada um. No Brasil, segundo o IBGE, os grupos mais comuns são o O e o A, que abrangem 87% da população. O tipo B responde por 10% e o AB, por apenas 3%.
A pesquisa recém-divulgada analisou 7.000 pacientes com derrame e quase 600.000 pessoas saudáveis que participaram de 48 estudos diferentes. Como mostra o jornal britânico The Telegraph, foi encontrada uma ligação entre o grupo sanguíneo e o risco precoce de AVC.
“Nossa meta-análise levou em conta os perfis genéticos das pessoas e encontrou associações entre o tipo sanguíneo e o risco de derrame precoce”, comenta o pesquisador Braxton Mitchell, da Universidade de Maryland, nos EUA, principal autor do estudo, citado pelo jornal.
Os cientistas descobriram que o sangue tipo A aumenta o risco de derrame em 16% e que 6% de todos os derrames em menores de 60 anos podem ser atribuídos diretamente a esse grupo sanguíneo, chegando a mais de 800 AVC's por ano nessa faixa etária.
Já o sangue tipo O diminui o risco de acidente vascular cerebral precoce em 12%, enquanto pessoas com os grupos sanguíneos B e AB não apresentaram resultados estatisticamente significativos, revela o The Telegraph.
É importante dizer que a pesquisa é observacional. Portanto, não explica por que o sangue do tipo A aumentaria o risco de uma pessoa sofrer derrame. Mas os especialistas acreditam que pode ser devido à forma como diferentes tipos de sangue coagulam. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor o mecanismo por trás desse risco associado ao tipo sanguíneo.