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Bem-Estar

Hospital britânico cria minúsculo implante cerebral que controla a doença de Parkinson

Por João Paulo Martins  em 28 de abril de 2022

O novo tratamento envolve cirurgia de apenas três horas e o paciente inaugural apresenta ótimo resultado no controle dos sintomas da doença neurológica

Hospital britânico cria minúsculo implante cerebral que controla a doença de Parkinson
(Foto: Freepik)

 

Um hospital de Bristol, no Reino Unido, diz ser o primeiro do mundo a usar o menor implante cerebral capaz de reverter os sintomas da doença de Parkinson.

De acordo com a emissora estatal britânica BBC, cirurgiões do Southmead Hospital usaram um minúsculo dispositivo de estimulação cerebral profunda para substituir os padrões anormais de sinapses (conexões neurais) causados pela doença neurológica.

Tony Howells é a primeira pessoa a receber o tratamento como parte de um teste, informa a emissora. Outros 25 pacientes foram selecionados para o estudo, que termina no próximo ano.

“Antes da operação, fui passear com minha esposa e caminhei apenas 182 m do carro. Depois da operação, que foi 12 meses depois, fui novamente e percorremos quatro quilômetros. Poderíamos ter ido mais longe. Foi incrível”, comenta Howells, que foi operado em 2019, à BBC.

Hospital britânico cria minúsculo implante cerebral que controla a doença de Parkinson
O novo implante criado no Southmead Hospital é pequeno e atua diretamente nas áreas afetadas do cérebro (Foto: Tim Denson/Oxford University/Reprodução)

É preciso lembrar que, atualmente, não há cura para a doença de Parkinson, que leva partes do cérebro a ficarem progressivamente danificadas ao longo dos anos. Os sintomas incluem tremores involuntários no corpo, movimentos lentos e músculos rígidos e inflexíveis.

A maioria das pessoas desenvolve sintomas acima dos 50 anos, mas cerca de 5% dos pacientes apresentam sintomas pela primeira vez quando têm menos de 40 anos, revela a emissora britânica.

As cirurgias convencionais que ajudam no tratamento da doença neurológica envolvem o implante de uma grande bateria no peito com fios passando sob a pele até o topo da cabeça.

O novo sistema de estimulação cerebral profunda, o menor já criado, envolve um minúsculo sistema de bateria para o dispositivo implantado no crânio. Após ser instalado, ele fornece impulsos elétricos diretamente para áreas afetadas no cérebro.

Leva apenas três horas para realizar a cirurgia, cerca de metade do tempo do implante da bateria maior, revela a BBC.