Australiano quase morre após powerbank que carregava seu celular estourar no bolso da calça

Um jovem trabalhador de Melbourne, na Austrália, pensou que seria queimado vivo após o powerbank (carregador portátil) que estava em seu bolso, ligado a telefone celular, entrar em combustão espontânea.

Mathew, de 28 anos, conversou com a reportagem do programa A Current Affair, do canal australiano 9 News, nesta terça (18/4), enquanto ainda estava na cama do hospital.

Segundo ele, enquanto estava em uma escada instalando um aparelho de ar condicionado há 15 dias, ouviu um “som sibilante” e, em seguida, uma chama atingiu seu rosto.

“Achei que todo o meu corpo ia pegar fogo. Não tenho medo da morte, só não queria morrer naquele momento, sozinho, em um armazém, à noite”, conta o australiano.

Como não podia ligar para o serviço de emergência, Mathew procurou ajuda em um restaurante próximo e chamou um táxi depois que uma carona se recusou a levá-lo ao hospital.

Ele sofreu queimaduras graves e passou por inúmeras cirurgias, revela o A Current Affair.

A vice-comissária do Corpo de Bombeiros da província de Victoria (Fire Rescue), Michelle Young, diz ao programa australiano que as baterias são conhecidas por serem “reativas e explosivas” quando estão em atividade.

Segundo ela, à medida que mais produtos usam baterias, as autoridades lutam para entender como lidar com a “tendência emergente” de problemas causados por esse componente.

“Não é que esses produtos não sejam seguros, é apenas como os tornamos mais seguros e como vivemos com essa tecnologia”, comenta Young à 9 News.

A vice-comissária pede que as pessoas evitem deixar que eletrônicos com baterias de íon de lítio caiam. Além disso, precisam garantir que estejam em espaço com bastante ventilação enquanto estiverem carregando.

Michelle Young diz à emissora que usar cabos e carregadores baratos, que não foram comprados com o produto, ou que estejam danificados podem representar um risco a mais.

Ao A Current Affair, o advogado de Mathew, Tony Carbone, revela que está planejando entrar com uma ação contra a empresa responsável pelo powerbank, a Comsol.

Em comunicado enviado ao programa australiano, a empresa informa que sua prioridade são os clientes. “A empresa não sabe a causa dos ferimentos do jovem ou se ele foi ferido por algum de seus modelos. Se foi, suspeita que tenha sido objeto do recall. Independentemente da causa dos ferimentos e da marca do modelo utilizado, a empresa deseja rápidas melhoras ao jovem”.