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Bizarro! Vilarejos da Índia possuem “escola do crime” para treinamento de adolescentes

Por João Paulo Martins  em 30 de agosto de 2024

Famílias pagam até R$ 20.300 para que os filhos de 12 e 13 anos aprendam truques de criminosos

Bizarro! Vilarejos da Índia possuem “escola do crime” para treinamento de adolescentes
(Foto: Freepik)

 
O termo “escola do crime” pode até parecer um jargão popular no Brasil, mas é um negócio de verdade na Índia. Segundo o jornal South China Morning Post, adolescentes estão recebendo treinamento de criminosos “profissionais” em três vilarejos da Índia.

As vilas de Kadia, Gulkhedi e Hulkhedi, na província de Madhya Pradesh, região Central do país, viraram notícia nas redes sociais por hospedarem “escolas” voltadas ao ensino de práticas de crimes.

A informação é que pais enviam seus filhos, de 12 a 13 anos, para essas “escolas de ladrões”, onde recebem aulas de “professores” pertencentes a gangues locais para treinarem as “habilidades” necessárias para a prática criminal.

A “grade curricular” inclui furtos (o famoso “attenzione pickpocket”), roubo de bolsas em lugares lotados, fuga da polícia e resistência a espancamentos, de acordo com o South China Morning Post. As crianças também aprendem jogos de azar e a vender bebidas alcoólicas.

Uma vaga na “escola do crime” custa aos pais de 200.000 a 300.000 rúpias (cerca de R$ 13.500 a R$ 20.300). Geralmente, os alunos são provenientes de famílias em situação de pobreza.

Os jovens são treinados para se misturar a famílias ricas e, assim, terem acesso às exclusivas festas de casamento da alta sociedade.

Conforme o jornal chinês, após um ano de “treinamento”, os adolescentes podem “se formar” após concluir um roubo de joia nesse tipo de evento exclusivo para ricos.

Ao começarem a trabalhar, no submundo do crime, os adolescentes chegam a ganhar de cinco a seis vezes o valor gasto com a “taxa de inscrição” paga pelos pais, que também podem receber um pagamento anual de 300.000 a 500.000 rúpias (até R$ 33.500) dos líderes das gangues.

A polícia informou que já foram identificadas mais de 300 crianças provenientes dessas “escolas” envolvidas em roubos a casamentos em toda a Índia.

Como explica o South China Morning Post, a legislação indiana é considerada branda no tratamento de crimes juvenis, com foco na correção e na reeducação. Além disso, moradores dos vilarejos também costumam proteger os menores que praticam crimes, o que dificulta o trabalho da polícia.