Bizarrice
Caveira que parecia enfeite de Halloween em loja da Flórida era, na verdade, ossada humana real
Um antropólogo entrou no antiquário, que fica em North Fort Myers, e descobriu o crânio humano, que pode ser de um nativo americano
Beth Meyer, dona do antiquário Paradise Vintage Market, em North Fort Myers, na Flórida (EUA), colocou um crânio em exposição na loja e não podia imaginar que o suposto objeto usado como enfeite do Dia das Bruxas (Halloween) era, na verdade, uma ossada humana real.
Ao jornal americano The Washington Post, a comerciante diz que colocou a caveira à venda, por US$ 4.000 (cerca de R$ 19.400), em setembro deste ano, e não esperava que fosse ser adquirida. “Coloquei um preço tão alto que imaginei que ninguém iria comprá-la”, conta Beth ao periódico.
Tudo mudou quando um antropólogo, que não teve a identidade revelada, entrou no antiquário no último sábado (4/11). O visitante achou que o crânio não só era muito real, como seria muito antigo e possivelmente de um nativo americano.
O antropólogo, então, acionou o gabinete do xerife do condado de Lee. Policiais disseram ao The Washington Post que a ossada humana foi levada para o escritório do médico legista local. As informações iniciais apontam que a caveira de Dia das Bruxas seria realmente de um nativo americano.
A Lei de Proteção e Repatriação de Túmulos dos Nativos Americanos, uma lei federal promulgada em 1990, estabelece processos rigorosos para impedir a venda de restos mortais e exige que sejam devolvidos aos descendentes diretos.
Embora a lei da Flórida diga que vender ossadas humanas seja uma contravenção, o gabinete do xerife não registrou crime contra o Paradise Vintage Market, de acordo com o jornal americano.
Beth Meyer diz que sabia que o crânio era real, mas que “não sabia que o crânio era de um nativo americano”. Ela conta que adquiriu uma unidade de armazenamento de um homem doente em setembro de 2022, acreditando que achava cheia de pedras, que é sua especialidade.
“Havia muitas coisas e livros estranhos, mas nenhuma pedra. Fiquei desapontada”, comenta a dona do antiquário. Mas ao vasculhar algumas caixas, em abril de 2023, encontrou a caveira. Ela sabia que era real porque frequentemente lida com fósseis, ossos e moldes de gesso.