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Jovem americano tem mãos e pernas amputadas após covid-19

Por João Paulo Martins  em 25 de fevereiro de 2021

Com apenas 10 anos, o menino adquiriu a chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças após ser infectado pelo coronavírus

Jovem americano tem mãos e pernas amputadas após covid-19
O pequeno Dae-Shun Jamison adquiriu uma rara síndrome após ter covid-19 e acabou perdendo as mãos e as pernas (Foto: Wood TV8/Reprodução)

Um menino americano de 10 anos foi submetido a quatro amputações após desenvolver uma condição relacionada à covid-19 e que afeta crianças. É a chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças, ou MIS-C em inglês.

Segundo informações divulgadas pela emissora americana Wood TV8, em janeiro deste ano, Dae-Shun Jamison, morador de Shelby, no Michigan (EUA), teve sua perna direita removida após sofrer uma grave hemorragia enquanto os médicos tentavam combater a infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Esta semana, o garoto precisou retornar ao hospital para amputar as mãos e a perna esquerda.

Sua mãe, Brittney Autman, disse à emissora que, antes do filho receber o diagnóstico, nunca tinha ouvido falar da doença.

Foram registrados, até hoje, apenas 80 casos de MIS-C no Michigan, de acordo com a Wood TV8.

“Vemos isso acontecer em crianças que são saudáveis, então é um problema muito sério”, afirma a pediatra Rosemary Olivero, do Hospital Infantil Helen DeVos, de Grand Rapids, em entrevista à emissora americana.

Segundo ela, a condição se desenvolve em qualquer criança, podendo ou não estar ligada à genética ou a alguns grupos mais do que outros.

Uma coisa que os médicos sabem é que a Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças afeta a forma como o sangue coagula.

Alguns pacientes também podem desenvolver problemas cardíacos graves.

Além disso, conforme Rosemary Olivero explica à Wood TV8, a criança primeiro contrai o SARS-CoV-2, se recupera e, então, a MIS-C pode se desenvolver.

No caso do jovem Dae-Shun Jamison, toda sua família pegou covid-19, mas ele foi assintomático. Apenas depois de duas semanas, ao apresentar fadiga, dor de cabeça e febre alta, foi internado no hospital dia 21 de dezembro.