Nasa surpreende ao convidar um padre para falar de vida extraterrestre

De forma inusitada, a Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica (National Aeronautics and Space Administration) dos Estados Unidos, ou Nasa, convidou um padre e teólogo britânico para dar conselhos à agência espacial sobre o que fazer se for encontrada vida alienígena.

Ao tabloide britânico The Mirror, o reverendo Andrew Davison diz que a perspectiva de encontrar vida em outro planeta está se tornando cada vez mais real.

O teólogo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, ele é especializado em bioquímica e é um dos 24 especialistas religiosos que participaram de um programa patrocinado pela Nasa no Centro de Investigação Teológica da Universidade de Princeton, em Nova Jersey (EUA), para avaliar como as religiões reagiriam à notícia de que existe vida inteligente fora da Terra.

Segundo o tabloide, Davison lançará em 2022 o livro Astrobiology and Christian Doctrine (Astrobiologia e Doutrina Cristã), no qual analisa questões como: “Deus poderia ter criado vida em outro lugar do Universo?” e “Ele poderia ter enviado um salvador para morrer pelos pecados de uma espécie alienígena?”.

Convidados pela Nasa, os religiosos britânicos reverendo Alan Wilson, bispo do palácio de Buckingham; rabino Jonathan Romain, da sinagoga de Maidenhead; e o imã Qari Asim, da mesquita de Makkah, disseram que concordavam que os ensinamentos cristão, judaico e islâmico não seriam perturbados pela descoberta de vida alienígena.

Carl Pilcher, chefe do Instituto de Astrobiologia da Nasa, citado pelo The Mirror, afirma que agência espacial queria que os teólogos “considerassem as implicações das ferramentas da ciência do final do século 20 [e início do 21] às questões consideradas tradições religiosas por centenas ou milhares de anos”.

De acordo com Pilcher, é “inconcebível” que a Terra seja o único lugar no Universo que abrigue vida. “Isso é simplesmente inconcebível quando existem mais de 100 bilhões de estrelas nesta galáxia e mais de 100 bilhões de galáxias no Universo”, comenta o especialista, citado pelo tabloide.