Nova Iorque divulga vídeo sobre sobrevivência a ataque nuclear e deixa moradores assustados

 
Moradores da cidade de Nova Iorque, nos EUA, ficaram assustados quando as autoridades municipais divulgaram um vídeo na última segunda (11/7) com dicas de sobrevivência em caso de ataque nuclear.

Um porta-voz do escritório de gerenciamento de emergências de Nova Iorque revelou à agência alemã de notícias Reuters na última quarta (13/7) que o objetivo da campanha é informar o público sobre maneiras de se manter seguro caso ogivas nucleares sejam direcionadas à cidade.

‘Não há ameaça direta contra a cidade, mas sentimos que era importante abordarmos esse tema”, comenta Allison Pennisi, chefe de informações públicas do Gerenciamento de Emergências de Nova Iorque, em conversa com a agência.

A gravação compartilhada no canal oficial do escritório nova-iorquino no YouTube tem 90 segundos e apresenta três passos que os moradores devem seguir caso a cidade seja atingida por uma bomba atômica, embora as autoridades digam que a probabilidade de um ataque como esse seja “muito baixa”.

O polêmico vídeo pede que os cidadãos procurem abrigo dentro de prédios, longe das janelas, permanecendo no interior para reduzir a exposição à poeira radioativa, além de ficar atento às mídias para receber as atualizações oficiais.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, em Washington (EUA), Jake Sullivan, citado pela Reuters, afirma que o governo federal não tem qualquer relação com a divulgação da gravação e não acredita que tenha sido resultado de informações obtidas pelo departamento de inteligência.

De qualquer forma, segundo Joann Ariola, que preside um comitê que supervisiona o departamento de gerenciamento de emergências de Nova Iorque, em entrevista à agência alemã, o anúncio sobre o risco de um ataque nuclear é uma prestação de serviço ao público e seria apenas uma de várias respostas a questões levantadas pelos próprios moradores.

Conforme a Reuters, o prefeito de Nova Iorque, Eric Adams, aplaudiu os funcionários da cidade que criaram o vídeo por “serem proativos” e negou que o conteúdo fosse “alarmista”.

Uma possível explicação para a liberação desse tipo de alerta seria a possibilidade de retaliação por parte da Rússia caso houvesse uma escalada do conflito na Ucrânia ou progressão negativa dos embargos ao país comandado por Vladimir Putin.