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Bizarrice

Nuvem em formato de cogumelo, parecendo uma explosão nuclear, é vista sobre Las Vegas

Por João Paulo Martins  em 04 de outubro de 2022

Imagens da curiosa formação meteorológica foi compartilhada nas redes sociais e deixou muita gente proecupada com uma possível detonação de ogiva nuclear

Nuvem em formato de cogumelo, parecendo uma explosão nuclear, é vista sobre Las Vegas
Nuvem em forma de cogumelo, parecida com a de uma explosão nuclear, foi vista no céu de Las Vegas (EUA) (Foto: Twitter/GaiChicken/Reprodução)

 

Em meio às ameaças da Rússia em relação ao conflito com a Ucrânia e os testes de míssil da Coreia do Norte, uma nuvem que apareceu na última segunda (3/10) em Las Vegas, no estado de Nevada (EUA), deixou muita gente preocupada. Isso porque a formação meteorológica tinha a aparência de cogumelo, o formato típico de uma explosão de bomba nuclear.

Imagens da nuvem avermelhada sobre a agitada cidade turística, famosa pelos hotéis e cassinos, lembrou o cenário que se via na região, na década de 1950, no ápice da Guerra Fria (1947-1991), quando os americanos mantinham o projeto de testes de armas nucleares a cerca de 105 km de Las Vegas, no deserto de Nevada.

Claro que esse tipo de nuvem não tem nada a ver com uma explosão de bomba. O escritório do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, em San Diego, na Califórnia, compartilhou no último domingo (2/10) uma foto de nuvem com aparência semelhante, mas sem a “iluminação dramática”. Trata-se da formação chamada cumulonimbus, as enormes nuvens de tempestade capazes de gerar granizo, trovões e raios.

Como lembra o site nigeriano Sahara Reporters, os Estados Unidos testaram mais de mil dispositivos nucleares em Nevada ao longo de 40 anos. As infames nuvens de cogumelos eram facilmente visíveis e se tornaram atração turística.

Quando ratificou o Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares de 1963, os EUA se comprometeram a não realizar esse tipo de teste nuclear. A última explosão em solo americano, com detonação subterrânea, ocorreu em setembro de 1992. Quatro anos depois, Washington assinou, mas ainda não ratificou, o Tratado de Proibição Completa de Testes, que proíbe testes com explosões de bombas em qualquer lugar do mundo.