Bizarrice
Polícia da Espanha apreende “submarino do crime”
Traficantes estavam construindo uma embarcação submergível para ajudar no transporte das drogas provenientes da América do Sul
A polícia espanhola capturou na última sexta (12/3) um submarino caseiro que estava sendo construído para transportar até 2,2 toneladas de drogas. A informação foi divulgada pela agência alemã de notícias Deutsche Welle.
A apreensão ocorreu em fevereiro, mas só agora foi revelada pelo chefe da polícia espanhola, Rafael Perez, em coletiva de imprensa.
Segundo a agência de notícias, a embarcação mede 9 m de comprimento e foi encontrada num estaleiro da cidade de Málaga, na costa sul da Espanha, após uma operação internacional que incluiu investigadores de cinco outros países e da Agência Criminal da União Europeia (Europol).
“Mil léguas submarinas” do crime
O submarino de 3 m de largura é feita de fibra de vidro e painéis de madeira compensada. Possui três vigias e dois motores de 200 cv de potência.
Como mostra a Deutsche Welle, a operação internacional resultou ainda na prisão de 52 pessoas e na captura de centenas de quilos de cocaína, haxixe e maconha.
“Apresentamos a primeira embarcação submergível localizada na Espanha preparada para o tráfico de drogas. Participamos de uma operação de grande porte que permitiu deter 52 integrantes de uma rede de produção e distribuição de entorpecentes”, informa Rafael Perez, citado pela agência alemã.
De acordo com o chefe da polícia da Espanha, a embarcação seria direcionada para o alto-mar para algum navio que receberia as drogas.
“É como um iceberg. Na prática, quase tudo vai submerso, exceto pelo topo, que é a única parte que pode ser vista de outro navio ou helicóptero”, diz o policial quando questionado sobre a aparência do “submarino do crime”.
Ainda conforme Perez, a embarcação não havia sido concluída e nem entrado na água.
Operação internacional antidrogas
A Deutsche Welle salienta que a operação contou com mais de 300 agentes da Colômbia, Holanda, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos, coordenados pela Europol.
A investigação teve início após várias empresas espanholas serem pegas importando cocaína da América do Sul disfarçadas de produtos legais.
A equipe internacional também descobriu vários laboratórios subterrâneos na região da Catalunha, um dos quais tinha capacidade para produzir até 750 kg de cocaína por mês.