Escolas estaduais de Santa Catarina vão ensinar identidade de gênero a crianças?

Está circulando nas redes sociais a informação falsa de que o governo de Santa Catarina teria incorporado a "identidade de gênero" ao currículo das escolas estaduais, inclusive para crianças.

O texto que vem sendo compartilhado, inclusive no perfil intitulado "Professores Conservadores do Brasil" diz o seguinte:

É Catarinense, infelizmente é nosso.
O governador de Santa Catarina Carlos Moisés (PSL) incluiu IDENTIDADE DE GÊNERO em um currículo-base de educação para as crianças e adolescentes.
O assunto será estudado pelos alunos do oitavo ano do ensino fundamental. (Entre 13 e 14 anos).
Os Catarinenses não esquecerão da irresponsabilidade deste senhor, afinal só aos pais cabe a  orientação sexual dos filhos.
Sua justificativa de que a pauta consta no documento da BNCC (recheado de armadilhas), absolutamente não o isenta do compromisso com os conservadores Catarinenses, afinal, filtrar as nuances da esquerda em todas as suas diretrizes políticas deveria ser sua obrigação enquanto eleito como conservador.
Mais um falso conservador para a nossa
galeria.
Por Fátima Linhares.

Antes de mais nada, é preciso esclarecer que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define os direitos de aprendizagens de todos os alunos do Brasil e começou a ser discutida em 2015. Finalmente, em dezembro de 2017, foi homologada pelo Ministério da Educação.

Esse documento facilita a vida de pais e responsáveis, porque conseguem saber o que é ensinado aos alunos, e também dos professores e gestores escolares, já que ajuda no planejamento das aulas.

Claro que não há qualquer menção a "identidade de gênero" no BNCC.

Ainda assim, a secretaria de estado de educação de Santa Catarina emitiu um comunicado esclarecendo a informação falsa que vem circulando nas redes sociais.

"É falsa a mensagem que circula em redes sociais de que o tema identidade de gênero integra o currículo escolar de crianças e adolescentes na rede estadual de ensino de Santa Catarina. Propagado por perfis que se escondem atrás do anonimato em ano eleitoral, o boato não tem fundamento. Procure sempre os canais oficiais do governo do estado e fontes de informação confiáveis para não ser vítima da propagação de informações que não são verdadeiras. Fake news como essa surgem com maior frequência em anos eleitorais", diz o texto da secretaria.