Brasil
Invasão de "mosquitos" pretos intriga moradores do Rio e de Niterói
Moradores das duas cidades relataram nas redes sociais o aparecimento de milhares de insetos nas suas casas
No início desta semana, moradores das cidades do Rio de Janeiro e Niterói, no estado do Rio de Janeiro, começaram a relatar nas redes sociais o aparecimento de milhares de pequenos insetos pretos, parecidos com mosquitos, em suas casas. Será que representam algum risco?
De acordo com matéria publicada nesta sexta (14/5) pelo jornal carioca Extra, a atriz Gyovana Lisboa, de 20 anos, dona do podcast Eu Comigo mesma, relatou no Twitter o que havia acontecido em sua casa. “No início, apareceram mais de 20, com certeza, tinha muito bicho, especialmente na cozinha e no corredor. O teto do meu quarto ficou infestado, parecia que eles estavam seguindo a luz”, diz a jovem, citada pelo periódico.
A publicação gerou mais de 850 curtidas e comentários de outros moradores que também receberam a visita indesejada do “desconhecido” inseto.
Conhecendo o “misterioso” inseto preto
Como mostra a matéria do Extra, esses “mosquitos” que invadiram casas no Rio e em Niterói, na verdade, são as chamadas moscas do fungo, da família Sciaridae.
O jornal ouviu o entomólogo Marcelo Peixoto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que acredita que os exemplares que foram exibidos na internet são da espécie Rhynchosciara americana, muito comum no litoral brasileiro.
“Eles não apresentam riscos para a saúde. Existem alguns relatos de pessoas que dizem que já foram picadas, mas os Sciarídeos não têm peças bucais picadoras, e além disso eles se alimentam de fungos, raízes, matéria orgânica em decomposição. Provavelmente, esses relatos de picadas possam ser de outros insetos”, esclarece o entomólogo ao periódico carioca.
A grande quantidade das moscas nas residências, segundo Marcelo Peixoto, pode ser explicada pelo clima. Como o calor e a umidade favorecem o aparecimento de fungos, principal alimento da larva do inseto, é de se esperar que ocorra uma infestação em locais com essas características climáticas.
A boa notícia é que as moscas do fungo vivem pouco tempo quando estão na fase adulta.