Brasil
Saiba mais sobre o Vírus do Nilo Ocidental, detectado em 3 estados do Brasil
Assim como a dengue e a febre amarela, esse vírus é transmitido pela picada de mosquitos infectados
Em estudo publicado em janeiro na plataforma científica bioRxiv (e ainda sem avaliação por outros cientistas), cientistas liderados pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelam que foi detectada a presença do Vírus do Nilo Ocidental em cavalos de três estados do Brasil: Minas Gerais, Piauí e São Paulo.
As amostras analisadas pelos pesquisadores foram coletadas entre 2018 e 2020.
De acordo texto do site da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Vírus do Nilo Ocidental pode causar doenças neurológicas e até a morte dos infectados. Ele é comumente encontrado na África, Europa, Oriente Médio, América do Norte e Ásia Ocidental.
Na natureza, o ciclo de vida do vírus, que é do gênero flavivírus (o mesmo da febre amarela e da dengue), envolve a transmissão entre pássaros e mosquitos. Humanos, cavalos e outros mamíferos podem ser infectados.
Transmissão
Como mostra a OMS, a transmissão do Vírus do Nilo Ocidental para humanos ocorre pela picada de mosquitos infectados, tal qual a dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Os insetos adquirem o micro-organismo quando se alimentam de aves infectadas. Geralmente, o período de incubação do vírus é de três a 14 dias.
Sintomas
“A infecção pelo Vírus do Nilo Ocidental é assintomática em cerca de 80% das pessoas infectadas. Mas pode causar febre do Nilo Ocidental ou doença grave. Cerca de 20% dos infectados desenvolverão a febre do Nilo Ocidental”, informa a Organização Mundial da Saúde em seu site.
Os principais sintomas da doença incluem:
- Febre
- Dor de cabeça
- Cansaço
- Dores no corpo
- Náuseas e vômitos
- Erupção na pele (no tronco) é ocasional
- Inchaço dos gânglios linfáticos também é raro
Nos casos graves da febre do Nilo Ocidental, pode ocorrer encefalite, meningite e poliomielite, com dor de cabeça, febre alta, rigidez do pescoço, entorpecimento, desorientação, coma, tremores, convulsões, fraqueza muscular e paralisia.
A estimativa da OMS é de que uma em cada 150 pessoas infectadas pelo vírus pode desenvolver a forma mais grave da doença.
Prevenção
Assim como ocorre com a dengue, zika e chikungunya, na ausência de uma vacina, a única maneira de reduzir a infecção pelo Vírus do Nilo Ocidental em humanos é por meio do controle dos vetores e da redução da exposição ao patógeno.
Deve-se usar redes mosquiteiras, repelente de insetos, roupas de cores claras (camisas de mangas compridas e calças) e evitar atividades ao ar livre nos horários de pico dos insetos.
Para os cavalos já existe vacina para prevenir a infecção.