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Copa do Mundo do Catar: Neymar quer igualar marca de Pelé e diz quem é favorito para levar a taça

Por João Paulo Martins  em 06 de novembro de 2022

Craque da Seleção Brasileira é capa da revista Esquire do Oriente Médio e cita cinco países que podem levar o Mundial da Fifa, além do Brasil

Copa do Mundo do Catar: Neymar quer igualar marca de Pelé e diz quem é favorito para levar a taça
“As equipes que ganham troféus são as que cometem menos erros”, diz Neymar Jr. à revista Esquire (Foto: Instagram/neymarjr/Reprodução)

 

Em entrevista à edição de novembro da revista Esquire do Oriente Médio, o craque brasileiro Neymar Jr., de 30 anos, o quarto esportista mais lucrativo do mundo, recebendo US$ 95 milhões (cerca de R$ 475 milhões) até maio, segundo a Forbes, pode bater uma importante marca do ex-craque Pelé, de 82, na Copa do Mundo do Catar, que começa no domingo, 20 de novembro.

O atacante do Paris Saint-Germain (PSG) também listou as seleções que considera favoritas para levar a taça do Mundial, além do Brasil, que, atualmente, lidera o ranking masculino da Fifa. Curiosamente, a Esquire lembra que a Seleção Brasileira era favorita de 10 das 21 Copas do Mundo anteriores ao Catar – a única a se classificar para todos os torneios até o momento – mas só abocanhou cinco títulos.

“Perder nunca é fácil no futebol, mas em uma Copa do Mundo é pior. É por isso que você tem que fazer a preparação certa, estar 100% certo física e mentalmente. A preparação para esta Copa do Mundo está acima do normal, porque chega no meio da temporada, quando se está no melhor do físico. Os jogadores podem estar cansados ​​para torneios no final de uma temporada e, portanto, acho que o nível desta Copa será muito alto”, comenta Neymar à publicação.

Questionado sobre quais países considera favoritos para ganhar o Mundial do Catar, o craque do PSG cita Argentina, Alemanha, Bélgica, França e Inglaterra como os prováveis a disputar o título ao lado do Brasil.

“Na Copa do Mundo, ser favorito não significa ganhar”, diz o brasileiro, que, até o momento, só passou por experiências ruins nas duas Copas anteriores. Favorito em 2014, o Brasil, então país-sede, viu Neymar marcar quatro gols nos cinco primeiros jogos, mas em seguida fraturou uma vértebra ao levar uma joelhada nas costas durante as quartas de final contra a Colômbia. Logo na sequência, os brasileiros testemunharam o chamado “Mineiraço”, quando a Seleção Brasileira perdeu a semifinal para a Alemanha por 7 a 1 no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

“Eu não diria que foi o ponto mais baixo da minha carreira. Mas certamente foi um dos momentos mais difíceis. Minha primeira Copa do Mundo, no meu próprio país, e eu queria muito ganhar. A maneira como saí foi perturbadora, mas voltei a jogar futebol como antes, o que era o mais importante”, comenta Neymar à Esquire.

Ainda que não leve a taça da Copa do Catar, o craque do PSG pode se tornar o maior artilheiro de todos os tempos do Brasil. Com 74 gols marcados pela Seleção, apenas Pelé está à frente dele com 77. A diferença, entretanto, é que o ex-atacante e “rei do futebol” ajudou o Brasil a conquistar três Copas do Mundo. Para Neymar, além de ídolo, Pelé “sempre será o rei do futebol e é uma honra estar perto de seu recorde, apenas para ser mencionado ao lado dele".

Ao ser perguntado sobre em quem se inspira para jogar o Mundial, se pensa em ser como Pelé, por exemplo, ele discorda. “Não preciso perguntar a ninguém como eles ganharam, porque só eu posso me preparar para ser o melhor que posso ser, para chegar a esse lugar onde não cometo erros. As equipes que ganham troféus são as que cometem menos erros”, diz o camisa 10 da Seleção Brasileira à revista.

De qualquer forma, ele e seus companheiros têm a difícil missão de espantar o “fantasma” da Copa da Rússia de 2018, quando o Brasil enfrentou outra dolorosa desclassificação, desta vez, nas quartas de final, para a Bélgica. A Seleção disse adeus á chance do hexacampeonato com um gol contra e uma exibição de destaque do goleiro belga Thibaut Courtois, que ajudou a equipe a vencer os brasileiros por 2 a 1. O Brasil chegou a chutar 27 vezes contra o gol de Courtois, incluindo um de Neymar, que acertou o travessão nos acréscimos.

“Em 2018 jogamos muito bem contra a Bélgica e dois erros nos custaram a classificação. Ainda assim, não tenho medo de arriscar. Em um jogo, se eu puder fazer algo novo para ajudar o time, então farei”, afirma o craque brasileiro à Esquire do Oriente Médio.