Celebridades
Copa do Mundo do Catar: Neymar quer igualar marca de Pelé e diz quem é favorito para levar a taça
Craque da Seleção Brasileira é capa da revista Esquire do Oriente Médio e cita cinco países que podem levar o Mundial da Fifa, além do Brasil
Em entrevista à edição de novembro da revista Esquire do Oriente Médio, o craque brasileiro Neymar Jr., de 30 anos, o quarto esportista mais lucrativo do mundo, recebendo US$ 95 milhões (cerca de R$ 475 milhões) até maio, segundo a Forbes, pode bater uma importante marca do ex-craque Pelé, de 82, na Copa do Mundo do Catar, que começa no domingo, 20 de novembro.
O atacante do Paris Saint-Germain (PSG) também listou as seleções que considera favoritas para levar a taça do Mundial, além do Brasil, que, atualmente, lidera o ranking masculino da Fifa. Curiosamente, a Esquire lembra que a Seleção Brasileira era favorita de 10 das 21 Copas do Mundo anteriores ao Catar – a única a se classificar para todos os torneios até o momento – mas só abocanhou cinco títulos.
“Perder nunca é fácil no futebol, mas em uma Copa do Mundo é pior. É por isso que você tem que fazer a preparação certa, estar 100% certo física e mentalmente. A preparação para esta Copa do Mundo está acima do normal, porque chega no meio da temporada, quando se está no melhor do físico. Os jogadores podem estar cansados para torneios no final de uma temporada e, portanto, acho que o nível desta Copa será muito alto”, comenta Neymar à publicação.
Questionado sobre quais países considera favoritos para ganhar o Mundial do Catar, o craque do PSG cita Argentina, Alemanha, Bélgica, França e Inglaterra como os prováveis a disputar o título ao lado do Brasil.
“Na Copa do Mundo, ser favorito não significa ganhar”, diz o brasileiro, que, até o momento, só passou por experiências ruins nas duas Copas anteriores. Favorito em 2014, o Brasil, então país-sede, viu Neymar marcar quatro gols nos cinco primeiros jogos, mas em seguida fraturou uma vértebra ao levar uma joelhada nas costas durante as quartas de final contra a Colômbia. Logo na sequência, os brasileiros testemunharam o chamado “Mineiraço”, quando a Seleção Brasileira perdeu a semifinal para a Alemanha por 7 a 1 no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
“Eu não diria que foi o ponto mais baixo da minha carreira. Mas certamente foi um dos momentos mais difíceis. Minha primeira Copa do Mundo, no meu próprio país, e eu queria muito ganhar. A maneira como saí foi perturbadora, mas voltei a jogar futebol como antes, o que era o mais importante”, comenta Neymar à Esquire.
Ainda que não leve a taça da Copa do Catar, o craque do PSG pode se tornar o maior artilheiro de todos os tempos do Brasil. Com 74 gols marcados pela Seleção, apenas Pelé está à frente dele com 77. A diferença, entretanto, é que o ex-atacante e “rei do futebol” ajudou o Brasil a conquistar três Copas do Mundo. Para Neymar, além de ídolo, Pelé “sempre será o rei do futebol e é uma honra estar perto de seu recorde, apenas para ser mencionado ao lado dele".
Ao ser perguntado sobre em quem se inspira para jogar o Mundial, se pensa em ser como Pelé, por exemplo, ele discorda. “Não preciso perguntar a ninguém como eles ganharam, porque só eu posso me preparar para ser o melhor que posso ser, para chegar a esse lugar onde não cometo erros. As equipes que ganham troféus são as que cometem menos erros”, diz o camisa 10 da Seleção Brasileira à revista.
De qualquer forma, ele e seus companheiros têm a difícil missão de espantar o “fantasma” da Copa da Rússia de 2018, quando o Brasil enfrentou outra dolorosa desclassificação, desta vez, nas quartas de final, para a Bélgica. A Seleção disse adeus á chance do hexacampeonato com um gol contra e uma exibição de destaque do goleiro belga Thibaut Courtois, que ajudou a equipe a vencer os brasileiros por 2 a 1. O Brasil chegou a chutar 27 vezes contra o gol de Courtois, incluindo um de Neymar, que acertou o travessão nos acréscimos.
“Em 2018 jogamos muito bem contra a Bélgica e dois erros nos custaram a classificação. Ainda assim, não tenho medo de arriscar. Em um jogo, se eu puder fazer algo novo para ajudar o time, então farei”, afirma o craque brasileiro à Esquire do Oriente Médio.