Cristiano Ronaldo não fez Coca-Cola perder US$ 4 bilhões em valor de mercado

Um vídeo que mostra o atacante português Cristiano Ronaldo trocando garrafas de Coca-Cola por água na coletiva de imprensa da última segunda (14/6), supostamente afetou o valor de mercado da empresa americana que, de acordo muitos sites de notícias, teria perdido US$ 8 bilhões (cerca de R$ 40,4 bilhões) na Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Na gravação, compartilhada no Twitter por vários perfis, como o @ArobaseGiovanny, que conta com 1,2 milhão de visualizações, o craque da Seleção Portuguesa e da Juventus (Itália) aparece sentado para conversar com os jornalistas no dia anterior à partida entre Portugal e a Hungria, válida pela Eurocopa 2020, que foi realizada nesta terça (15/6) e terminou com vitória dos portugueses por 3x0 (com dois gols do CR7).

"Água", diz o atacante à imprensa ao substituir as garrafas de Coca por uma de água mineral.

Esse simples gesto, segundo muitos sites noticiosos, incluindo o do jornal O Globo, teria feito as ações da gigante da indústria de bebidas cair e fazer com que o valor de mercado da empresa supostamente passasse de US$ 242 bilhões para US$ 238 bilhões, uma queda de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões).

A verdade sobre as ações da Coca

As ações da The Coca-Cola Company abriram a última sexta (11/6) a US$ 55,57 (cerca de R$ 280) a unidade e fecharam a US$ 55,74 (cerca de R$ 281), representando um aumento de 0,45%, de acordo com o site americano Market Watch, especializado no mercado financeiro.

Já na última segunda (14/6), data da famigerada coletiva de imprensa de Cristiano Ronaldo, a unidade da ação da Coca, que é patrocinadora oficial da Eurocopa 2020, na abertura da Bolsa de Nova Iorque estava custando US$ 55,35 (cerca de R$ 279,51).

Às 14h43 do horário de Portugal (9h43 no fuso de Nova Iorque), quando o CR7 mostrou publicamente sua preferência pela água mineral, o valor caiu para US$ 55,25 (cerca de R$ 279,01).

Ao final do dia, as ações chegaram a US$ 55,55 (cerca de R$ 280), de acordo com informação disponibilizada no Market Watch.

Portanto, houve aumento no preço das ações de 0,36% no dia em que o craque português, que é conhecido por uma dieta regrada (come seis vezes ao dia, em pequenas porções) e não bebe suco de frutas nem vinho, muito menos refrigerante.