Elon Musk usou SpaceX para oferecer R$ 1,23 milhão para abafar caso de assédio sexual

O bilionário sul-africano Elon Musk, de 50 anos, negou ter assediado sexualmente uma comissária de bordo após relatos de que ele teria mostrado o pênis para uma atendente em voo de jato particular que realizou da Califórnia (EUA) para Londres, na Inglaterra, em 2016.

O executivo-chefe da montadora Tesla e da aeropespacial SpaceX rejeitou as “acusações bizarras” feitas pelo site americano Business Insider, considerando as informações da matéria “totalmente falsas”, e acrescentando: “Isso nunca aconteceu”. Ele também brincou que os relatórios sobre o caso de assédio de 2016 deveriam ser apelidados de “Elongate” )(em alusão ao Watergate, de 1972 que culminou na renúncia do então presidente americano Richard Nixon).

De acordo com o Business Insider, Musk ofereceu US$ 250.000 (cerca de R$ 1,23 milhão) para uma comissária de bordo para abafar a acusação de “má conduta sexual” contra ele. Ainda conforme o site americano, a atendente de voo acusou o bilionário de mostrar o pênis e se esfregar na perna dela sem consentimento. Ele teria até oferecido um cavalo para a comissária fazer uma massagem erótica.

A atendente trabalhava como parte da tripulação de jatos particulares da SpaceX na época.

O Business Insider diz ter conseguido um documento que mostra a declaração judicial feita por uma amiga da comissária de bordo, em apoio à alegação de assédio sexual. No texto, a amiga afirma que a atendente havia lhe contado o suposto incidente de 2016.

De acordo com  declaração, a comissária de bordo foi convidada pelo fundador da Tesla para ir ao quarto privado no jatinho para “uma massagem de corpo inteiro”. Ela teria visto Elon Musk “completamente nu, exceto por por um lençol cobrindo a metade inferior do corpo”. Supostamente durante a massagem, o empreendedor teria mostrado o pênis para ela e oferecido um cavalo para que a massagem se tornasse erótica.

Ao Business Insider, Musk afirma que a história é uma “peça politicamente motivada” e que precisava de mais tempo para comentar o assunto, porque há "muito mais coisa nessa história".

“Se eu estivesse inclinado a me envolver em assédio sexual, seria improvável que fosse a primeira vez, em toda a minha carreira de 30 anos, que viesse à tona”, comenta o sul-africano ao site.

Depois que a atendente de voo enviou uma reclamação formal ao departamento de recursos humanos da SpaceX, Elon Musk teria decidido oferecer o pagamento de US$ 250.000, informa o Business Insider.

Após a publicação da suspeita de assédio e de abafamento do caso, o CEO da Tesla, SpaceX, Neuralink e Starlink fez uma série de publicações no Twitter: “Os ataques contra mim devem ser vistos por uma lente política. Esse é o manual padrão (desprezível), mas nada me impedirá de lutar por um futuro melhor e pelo direito à liberdade de expressão”.

Ele acrescenta: ‘E, para registro, essas acusações bizarras são totalmente falsas. Mas eu tenho um desafio para essa mentirosa que afirma que sua amiga me viu ’exibindo'. Descreva apenas uma coisa, qualquer coisa (cicatrizes, tatuagens...) que não seja conhecida pelo público. Ela não poderá fazer isso, porque nunca aconteceu", comenta Musk na rede social.

Ele até aproveita para brincar com o assunto: “Finalmente, podemos usar Elongate como nome do escândalo. É perfeito”.