Fim da novela: Novak Djokovic é deportado da Austrália

O tenista sérvio Novak Djokovic, de 34 anos, que é assumidamente antivacina, foi deportado da Austrália após o último recurso judicial ser indeferido pelos tribunais australianos. Os juízes rejeitaram o pedido do tenista nº 1 do ranking da ATP depois que o governo australiano cancelou o visto de Djokovic por motivos de “saúde e boa ordem”.

A medida pôs fim às esperanças do sérvio de defender seu título do grand slam Australian Open e bater o recorde de 21 abertos em Melbourne.

Djokovic disse estar “extremamente decepcionado”, mas aceitou a decisão, segundo a emissora estatal britânica BBC. Ele embarcou num voo no aeroporto de Melbourne com destino a Dubai, nos Emirados Árabes.

Enquanto se preparava para sair, a Associação de Tenistas Profissionais (ATP) disse que a decisão do tribunal anunciada neste domingo (16/1) marcou o fim de uma “série de eventos profundamente lamentáveis”.

De acordo com a emissora britânica, torcedores de Novak Djokovic ficaram do lado de fora do tribunal aguardando a decisão, que foi anunciada na véspera da partida de abertura do sérvio. Um fã disse à BBC que seu verão seria “vazio” sem poder ver o jogador de 34 anos no Australian Open.

Citado pela emissora, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison saudou a decisão de “manter nossas fronteiras fortes e manter os australianos seguros”.

O imbróglio que durou 10 dias envolvendo o tenista começou quando Djokovic entrou na justiça depois que o ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, decidiu cancelar o visto do jogador sérvio, argumentando que sua presença no país poderia aumentar o pensamento antivacina.

Essa foi a segunda vez que o visto do tenista foi revogado. O primeiro cancelamento se deu por não seguir as regras relacionadas à covid-19 para quem chega na Austrália. Mas esse foi anulado por um juiz.

Durante a audiência deste domingo perante um painel de três juízes, a defesa de Djokovic argumentou sem sucesso que os fundamentos dados pelo governo eram “inválidos e ilógicos”, revela a BBC.

O presidente do painel, James Allsop, disse que a decisão do tribunal federal foi baseada na legalidade do ato do ministro e, não, se era uma ação certa a ser tomada.

Embora Novak Djokovic não esteja vacinado contra a covid-19, ele não promove a desinformação antivacina. No entanto, os australianos que são contrários aos imunizantes têm usado a hashtag (palavra-chave) #IStandWithDjokovic (#EuEstouComDjokovic) nas redes sociais, segundoa  emissora britânica.