Ciência
Acreditar que óvni é sinônimo de ET é tolice, diz ex-astronauta
O canadense Chris Hadfield já comandou a Estação Espacial Internacional e diz não refutar a ideia de que haja vida no universo
Em entrevista recente, o ex-astronauta canadense Chris Hadfield, que já foi comandante da Estação Espacial Internacional, afirma que já viu muita coisa estranha no céu, mas dizer que os óvnis são objetos criados por seres inteligentes é tolice.
A afirmação polêmica foi dada à estação canadense de rádio CBC no último domingo (23/5), quando também comentou sobre possíveis missões a Marte.
O ceticismo de Hadfield vem à tona justamente quando um vídeo de óvni esférico gravado por um navio militar da Marinha dos Estados Unidos foi divulgado recentemente e causou polêmica na internet.
Devido a essa e outras imagens de objetos voadores que vêm sendo divulgadas, o locutor da CBC, Byron McDonald, perguntou ao primeiro astronauta do Canadá a caminhar no espaço se ele está acompanhando a crescente discussão sobre óvnis.
“Obviamente, já vi inúmeras coisas no céu que não entendo. Mas ver algo no céu que não se entende e concluir imediatamente que é vida inteligente de outro sistema solar é o cúmulo da tolice e da falta de lógica”, diz Chris Hadfield, que também é ex-piloto da Força Aérea Real Canadense e da Marinha dos EUA, ao programa da emissora de rádio.
Ainda assim, ele reconhece que vale a pena pensar na existência de vida extraterrestre e que é provável que haja vida em outras partes do universo.
“Mas, definitivamente, até este ponto, não encontramos evidências de vida em nenhum lugar, exceto na Terra, e estamos procurando”, completa o astronauta.
Hadfield afirma ainda que não é surpreendente que a conversa sobre óvnis esteja ganhando força nos últimos meses.
“É intrigante e está bem no meio do caminho entre a realidade, a ficção científica e a fantasia. E é tudo muito divertido de se pensar”.
Vale lembrar que em junho deste ano, um relatório sobre o que o governo dos EUA chama de fenômenos aéreos não identificados, ou UAPs, será entregue ao Congresso pelas agências de inteligência.