Cães que comem uma vez por dia têm menos problemas de saúde, diz estudo

Cientistas afirmam que alimentar o cachorro apenas uma vez por dia pode reduzir o risco de problemas de saúde relacionados à idade.

De acordo com o jornal britânico The Telegraph, foram avaliados dados de mais de 20.000 proprietários de animais de estimação coletados por pesquisadores da Universidade de Washington (EUA), por meio de questionários.

Os cientistas avaliaram a capacidade cognitiva dos animais e como as rotinas de alimentação afetaram a saúde canina por meio das respostas enviadas pelos tutores.

Um em cada 12 pets foi alimentado apenas uma vez por dia, segundo o estudo, de forma parecida com o jejum intermitente, uma das dietas do momento entre humanos, e que ocorre naturalmente com os lobos selvagens.

Como mostra o jornal britânico, os cachorros que comiam apenas uma vez diariamente tiveram 0,63 ponto a menos no teste de problema cognitivo em comparação aos que eram alimentados com mais frequência, indicando desempenho mental superior.

“Essa diferença de 0,63 ponto é aproximadamente a mesma da pontuação média entre cães de 11 e 7 anos de idade”, afirmam os pesquisadores no estudo, pré-publicado em novembro no repositório científico online bioRxiv e que ainda não foi revisado por outros cientistas).

A análise revela ainda que ser alimentado uma vez por dia reduziu o risco de problemas de fígado de um cão em 59% e diminuiu a probabilidade de doenças gastrointestinais em 35%, revela o The Telegraph.

A alimentação diária restrita também reduziu as chances de problemas renais e urinários, ortopédicos e dentários em 28%, 22% e 16%, respectivamente.

“Esse é o maior estudo até agora sobre frequência de alimentação de cães de companhia. Dadas as limitações do estudo transversal e observacional, os resultados da investigação não devem ser usados para tomar decisões sobre a alimentação ou cuidados clínicos de cães de companhia”, afirmam os cientistas, citados pelo periódico britânico.

Eles observam que o estudo foi observacional, portanto, são necessários testes clínicos para sustentar se certos padrões de alimentação podem ou não ser melhores para animais.