Ciência
Cientistas estão prestes a ressuscitar um rato extinto há 120 anos
Pesquisadores da Dinamarca conseguiram identificar o DNA de uma espécie extinta de rato da ilha Christmas, na Austrália
Há cerca de 120 anos, doenças levadas por europeus causaram a extinção de uma espécie de rato (Rattus macleari), típico da ilha Christmas, na Austrália. Agora, cientistas estão usando a manipulação genética para ressuscitar essa criatura extinta.
Por enquanto, trazer de volta à vida animais pré-históricos, como dinossauros e mamutes, ainda é algo apenas teórico, mas uma equipe de paleontólogos está investigando a possibilidade de ressuscitar o rato da Ilha Christmas.
Como mostra o jornal britânico The Independent, o processo depende da reconstrução do DNA degradado, que carece de todas as informações genéticas necessárias para reconstruir o genoma completo do animal.
Esse ponto também impede as tentativas de trazer à vida os extintos mamutes lanosos. Já foram descobertos vários fósseis bem preservados dessa espécie no permafrost (solo congelado) da Sibéria, na Rússia. Mas o frio intenso e o longo tempo desde a morte danificaram o DNA.
No entanto, com o rato da ilha Christmas, que foi extinto em 1903, a equipe afirma que teve “sorte”, pois além de conseguir obter quase todo o código genético do roedor, o Rattus macleari era pouco diferente das espécies atuais – compartilhando cerca de 95% do DNA do rato marrom da Noruega.
“É perfeito porque, quando você sequencia o genoma, tem como compará-lo com uma referência moderna”, comenta o geneticista evolucionário professor Tom Gilbert, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, citado pelo The Independent.
Ainda assim houve um problema: depois do sequenciamento genético e da comparação com o DNA do rato norueguês, os cientistas identificam partes que não combinam. Esses genes estão relacionados ao olfato, o que significa que um rato da ilha Christmas ressuscitado provavelmente seria incapaz de processar cheiros da maneira que teria originalmente.