Descoberto na Escócia o maior pterossauro do período Jurássico

Cientistas encontraram nas ilhas Skye, na Escócia, um enorme pterodátilo com a maior envergadura já descoberta no período Jurássico (entre 199 e 154 milhões atrás).

Segundo o jornal britânico The Guardian, arqueólogos recuperaram os restos do pterossauro que viveu há 170 milhões de anos e ostentava uma boca cheia de dentes afiados para capturar peixes.

Com uma envergadura de cerca de 2,5 metros – parecida com a de um albatroz –, a criatura alada ajuda a entender a evolução dos dinossauros voadores, uma vez que não se pensava que eles atingiram esse tamanho até 145 milhões de anos atrás.

O estudo com o achado foi publicado na revista científica Current Biology nesta terça (22/2).

“Quando essa coisa vivia cerca de 170 milhões de anos atrás, era o maior animal que já voou, pelo menos que temos notícia. Realmente jogamos para trás no tempo a evolução dos grandes pterossauros”, comenta o pesquisador Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, um dos autores do estudo, citado pelo The Guardian.

Brusatte acrescenta que descobertas anteriores sugeriam que os pterodátilos não cresceram muito mais do que cerca de 1,6 a 1,8 m de envergadura durante o período Jurássico , atingindo tamanhos muito maiores durante o Cretáceo (145 a 65 milhões de anos).

“Havia pterossauros do tamanho de caças militares vivendo no final do Cretáceo quando foram atingidos pelo asteroide”, comenta o pesquisador da Universidade de Edimburgo ao jornal britânico.

No estudo atual, cientistas acreditam que a competição com pássaros que existiam na época pode ter impulsionado o crescimento exorbitante dos pterodátilos.

“Os pássaros evoluíram dos dinossauros na época em que o pterossauro estava vivo”, diz Steve Brusatte, acrescentando que as aves podem ter exercido pressões evolutivas para que os dinossauros voadores crescessem ainda mais.