Ciência
Exposição ao Sol faz homens comerem mais que as mulheres, segundo estudo
Cientistas descobriram que a radiação solar leva à produção de um hormônio associado ao apetite, que afeta mais o público do gênero masculino
Um estudo israelense publicado em 11 de julho na revista científica Nature Metabolism revela que ficar exposto à luz do Sol pode aumentar o apetite dos homens, mas não causa efeito semelhante nas mulheres.
Segundo o site de notícias médicas Neuroscience News, nos testes realizados com cobaias, pesquisadores descobriram que a exposição ao Sol ativa uma proteína chamada p53, responsável pela reparação de possíveis danos ao DNA da pele causados pela radiação solar. A ativação da p53 faz com que o organismo produza um hormônio chamado grelina, que estimula o apetite.
Nas mulheres, o hormônio estrogênio bloqueia a interação entre a p53 e a grelina e, consequentemente, não leva à vontade de comer após a exposição ao Sol.
O estudo também se baseou em dados sobre os hábitos alimentares de aproximadamente 3.000 israelenses, de ambos os sexos, incluindo autorrelatos de estudantes que passaram algum tempo ao Sol, que foram avaliados pelo período de um ano.
As descobertas identificam a pele como um regulador primário de energia e apetite (metabolismo) a partir dos modelos de laboratório e da análise das informações autorrelatadas.
Os pesquisadores explicam que há uma diferença metabólica dramática entre machos e fêmeas, afetando tanto a saúde quanto o comportamento. No entanto, ainda não se sabe se os dois sexos respondem de forma diferente a gatilhos ambientais, como exposições à radiação UV do Sol.
“Examinamos as diferenças entre homens e mulheres após a exposição ao Sol e descobrimos que os homens comem mais do que as mulheres porque o apetite aumenta. Nosso estudo foi o primeiro estudo médico associado ao gênero sobre exposição aos raios UV e, pela primeira vez, foi decifrada a conexão molecular entre a exposição aos raios ultravioleta e o apetite”, afirma a pesquisadora Carmit Levy, da Universidade de Tel Aviv, em Israel, uma das autoras do estudo, citada pelo Neuroscience News.