Ciência
Fenômeno raro deixa o céu do Círculo Polar Ártico cheio de arco-íris
Nuvens polares estratosféricas coloriram o céu da Noruega, Suécia, Finlândia e do Alasca
Internautas estão boquiabertos com o flagrante de um fenômeno no Círculo Polar Ártico que deixou as nuvens com as do arco-íris. Segundo o site de notícias científicas LiveScience, foram três dias dessa cena, graças a uma onda de frio incomum na atmosfera superior.
O fenômeno é chamado nuvens polares estratosféricas e foi registrado no da Noruega, Suécia, Finlândia e do Alasca (EUA). Ele chegou até no extremo sul da Escócia. O show de cores começou na última segunda (18/12) e seguiu até quarta (20/12), de acordo com o site especializado.
A responsável por viralizar o fenômeno é a fotógrafa norueguesa Ramunė Šapailaitė. Ela fez os registros impressionantes na região de Gran, no sul da Noruega. As fotos mostram as nuvens com os tons do arco-íris e brilho iridescente que também são conhecidas como nacaradas ou madrepérolas.
Como explica o LiveScience, as nuvens polares estratosféricas são causadas pelas temperaturas excepcionalmente baixas no céu. Minúsculos cristais de gelo refratam ou dispersam a luz solar, separando-a em diferentes comprimentos de onda, que formam as cores que conhecemos.
Existem dois tipos desse fenômeno: um surge a partir de uma mistura de cristais de gelo e ácido nítrico, que produzem cores menos espetaculares e estão ligados à formação de buracos na camada de ozônio; e o segundo tipo, que são criados apenas por cristais de gelo puros e produzem cores mais vivas.
As nuvens coloridas e cintilantes só se formam na estratosfera inferior, entre 15 e 25 km acima da superfície da Terra. Normalmente, nuvens não se formam em altitudes tão elevadas, porque é uma região muito seca. Mas com temperaturas extremamente baixas, como as registradas no Ártico nessa semana, que chegaram a -85º C, as moléculas de água, normalmente muito espaçadas, passam a criar pequenos cristais de gelo, que se juntam formando nuvens.
As temperaturas na estratosfera inferior do Círculo Polar Ártico raramente caem abaixo do limite necessário para a formação das nuvens polares estratosféricas, explica o site científico. Por isso, o fenômeno normalmente só é avistado algumas vezes no ano, durante os meses de Inverno.