Ciência
Nasa pode enfrentar falta de astronautas para futuras missões espaciais
Agência espacial dos EUA possui apenas 44 astronautas para as missões ao espaço e para trabalhos na Estação Espacial Internacional
Escassez de astronautas pode afetar as próximas missões da Nasa, incluindo os trabalhos realizados na Estação Espacial Internacional (EEI) pelos próximos cinco anos. A informação consta de um relatório divulgado pela agência espacial dos Estados Unidos no início de janeiro deste ano.
A notícia chega num momento em que a Nasa pretende iniciar uma nova era de voos espaciais, com planos de retornar à Lua, como parte da missão Artemis, e, eventualmente, ir a Marte.
De acordo com o relatório, citado pelo site da revista americana de aeronáutica Flying Magazine, a agência espacial treina e atribui missões específicas para astronautas com base nas necessidades da EEI, mas “o quadro de astronautas está projetado para ficar abaixo do volume ideal ou do requisito mínimo da previsão para o ano fiscal de 2022 /2023”.
Depois de a Nasa atingir o pico de quase 150 astronautas em 2000, o número diminuiu com o fim das missões de ônibus espaciais em 2011. Agora, são 44 profissionais treinados para lidar com missões espaciais e da Estação Espacial Internacional, além dos esforços previstos para a Artemis
Essa quantidade é a menor das últimas duas décadas, informa a revista.
Ainda assim, o Gabinete do Inspetor Geral da Nasa, citado pela Flying, afirma que a agência possui astronautas suficientes para voos do ano fiscal de 2022, sem espaço para “atritos imprevistos e realocações de tripulação”.
No relatório, a agência faz recomendações para garantir que as necessidades atuais e futuras sejam atendidas, incluindo: centralizar e manter dados detalhados de astronautas para ajudar no recrutamento, treinamento e ampliar a diversidade; determinar se a margem de segurança de 15% usada para calcular o requisito mínimo das missões é suficiente para a frequência atual e futura de voos espaciais e documentar a razão por trás da margem selecionada.
“No geral, o corpo de astronautas é bem administrado. No entanto, a Nasa, agora, enfrenta novas demandas e desafios com o alinhamento de seu corpo atual e o recrutamento de novos astronautas para atender aos exigentes requisitos da nova era de missões na órbita baixa da Terra e no espaço profundo”, afirma o relatório, citado pela revista americana.
Vale lembrar que, recentemente, após quatro anos, a agência espacial dos EUA anunciou uma nova classe de astronautas para as próximas missões Artemis à lua. Uma turma de 10 candidatos foi escolhida, sendo os primeiros a ingressar no programa depois que a Nasa começou a exigir pelo menos um mestrado nas áreas de ciências.