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Ciência

Para colonizar Marte, são necessárias 22 pessoas sem problemas de personalidade, segundo estudo

Por Da Redação  em 23 de agosto de 2023

Cientistas americanos realizaram várias simulações computacionais e pré-publicaram os resultados em 11 de agosto

Para colonizar Marte, são necessárias 22 pessoas sem problemas de personalidade, segundo estudo
(Foto: Freepik)

 

Por meio de simulações computacionais, pesquisadores da Universidade George Mason, nos EUA, descobriram que são necessários 22 astronautas, no mínimo, para que se inicie uma colônia em Marte. Essa informação faz parte de artigo publicado em 11 de agosto no repositório científico arXiv, e ainda não verificado por outros cientistas.

Enquanto ainda se pondera sobre a possibilidade de, num futuro próximo, enviar pessoas para Marte e, quem sabe, mais tarde, estabelecer uma colônia, muitos cientistas analisam como isso seria possível. Um fator que precisa ser levado em conta, de acordo com o novo estudo, é a quantidade e as profissões das pessoas que ajudariam a colonizar o Planeta Vermelho.

Para encontrar possíveis respostas, os pesquisadores criaram um modelo computacional que simula uma colônia marciana, com foco no número de habitantes necessários para criar um ambiente viável, bem como nas características que cada indivíduo deveria ter para o sucesso dessa colônia. Para tanto, foram usados dados de experimentos feitos perto do Polo Norte e de questionários preenchidos por astronautas e cosmonautas que estiveram na Estação Espacial Internacional. A simulação levou em conta traços importantes de comportamento, como resiliência ao estresse, habilidades sociais e grau de neuroticismo (tendência a experimentar facilmente emoções negativas, como depressão).

Após cinco simulações de computador, cada uma com duração hipotética de 28 anos terrestres, e em meio à alteração de certos fatores, como o número de habitantes na colônia de Marte, e se chegou ao mínimo de 22 pessoas. Os cientistas descobriram ainda que traços agradáveis de personalidade, como era de se esperar, tiveram maior probabilidade não apenas de sobreviver a tal missão, mas de prosperar, permitindo que a colônia persistisse. Por outro lado, simulações que tinham indivíduos neuróticos geraram maior probabilidade de falha e de morte precoce, colocando em risco o sucesso da missão.