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Ciência

Sepultura de menino “vampiro” de 400 anos é descoberta na Polônia

Por João Paulo Martins  em 17 de agosto de 2023

O enterro típico de pessoas consideradas “vampiras” foi encontrado no sítio arqueológico de Pniu

Sepultura de menino “vampiro” de 400 anos é descoberta na Polônia
Arqueólogos encontraram apenas os ossos das pernas do garoto “vampiro”(Foto: Lukasz Czyzewski/Nicolaus Copernicus University/Divulgação)

 

Cientistas da Universidade Nicolaus Copernicus, na Polônia, fizeram uma descoberta incrível no sítio arqueológico de Pniu, na região de Dabrowa Chelminska: encontraram o túmulo de um garoto cujo corpo foi preparado para que ele não pudesse sair da cova. Havia um cadeado triangular no dedão do pé esquerdo e uma foice colocada em volta do pescoço. Isso é típico de enterros de pessoas consideradas “vampiras”.

A sepultura de 400 anos foi identificada originalmente no ano passado. “No contexto das escavações de 2022, queríamos verificar se existiam outros enterros semelhantes nas proximidades, o que seria importante para a interpretação da função desse cemitério”, diz o arqueológico Dariusz Polinski, do Departamento de Idade Média e Tempos Modernos, citado pelo site da universidade. Ele é responsável pelas escavações em Pniu, onde outras covas de “vampiros” foram identificadas.

 

Sepultura de menino “vampiro” de 400 anos é descoberta na Polônia
Cadeado triangular usado para prevenir o "vampiro" de sair da cova (Foto: Lukasz Czyzewski/Nicolaus Copernicus University/Divulgação)

 

Em seu sepultamento, a criança, que devia ter de 5 a 7 anos, foi colocada de bruços, numa posição que sugere o medo de que o falecido pudesse retornar da morte e ameaçar os moradores locais. Virar o rosto para baixo seria uma forma de o suposto vampiro não conseguir deixar a cova. Curiosamente, apenas uma parte do esqueleto da criança foi encontrado: os membros inferiores. Além disso, sob os ossos, na cova de cerca de dois metros, os arqueólogos descobriram o cadeado triangular.

Segundo a Universidade Nicolaus Copernicus, análises apontam que a sepultura foi revirada e o resto do cadáver levado, mas não se sabe quando ou o que aconteceu com os restos mortais. A estimativa é que tenham sido profanados.