Sistema de alerta da Nasa detectou um pequeno asteroide que caiu na Terra na última sexta; mas só 2 horas antes

O sistema de alerta Scout, da Nasa, para detectar antecipadamente asteroides que representam ameaça à Terra conseguiu identificar com sucesso um pequeno objeto de dois metros de largura algumas horas de colidir com a atmosfera terrestre sobre o mar da Noruega e se desintegrar na última sexta (11/3).

A informação foi divulgada pelo Laboratório de Propulsão a Jato (Jet Propulsion Laboratory ou JPL) da Nasa na última terça (15/3), segundo a emissora americana CNN.

Uma animação mostra a órbita prevista do asteroide 2022 EB5 ao redor do Sol antes de colidir com a atmosfera da Terra em 11 de março. Muitas vezes, esses pequenos asteroides passam despercebidos é apenas o quinto a ser detectado e rastreado pelo sistema, que envolve outras organizações em todo o mundo, informa a emissora.

“Existem vários pequenos asteroides como o 2022 EB5, que impactam na atmosfera com bastante frequência, aproximadamente a cada 10 meses ou mais. Mas poucos desses asteroides são detectados e observados extensivamente antes do impacto, basicamente porque são muito opacos fracos até os últimos instantes, e um telescópio de pesquisa precisa observar apenas o ponto exato do céu na hora certa para detectá-los”, explica Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Center for Near-Earth Object Studies) do JPL, citado pela CNN.

O pequeno asteroide de sexta (11/3) foi descoberto apenas duas horas antes impactar a Terra pelo astrônomo Krisztián Sarneczky, no observatório Piszkéstető, no norte da Hungria, que o adicionou ao banco de dados do site de confirmação de objetos próximos à Terra.

O sistema de avaliação de risco de impacto Scout, da Nasa, que pesquisa automaticamente esse banco de dados em busca de possíveis novos asteroides ou outros objetos espaciais, fez as medições iniciais para calcular a trajetória do 2022 EB5.

Assim que o sistema determinou que ele atingiria a atmosfera da Terra, de acordo com a CNN, a Nasa sinalizou o objeto na página do Scout para notificar a comunidade científica que observa objetos próximos da Terra e, assim, foi possível obter mais dados.

“Fomos capazes de determinar os possíveis locais de impacto, que inicialmente se estendiam do oeste da Groenlândia até a costa da Noruega. À medida que mais observatórios rastreavam o asteroide, nossos cálculos de sua trajetória e localização do impacto se tornaram mais precisos”, diz Davide Farnocchia, engenheiro de navegação do JPL, responsável pelo Scout, citado pela emissora americana.