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Departamento de Defesa dos EUA divulga relatório de 2022 sobre óvnis; avistamentos cersceram mais de 500% em um ano

Por João Paulo Martins  em 13 de janeiro de 2023

O serviço de inteligência analisou 510 relatórios de avistamentos de UAPs (UFOs) e revelou que 171 desses fenômenos ainda precisam ser explicados

Departamento de Defesa dos EUA divulga relatório de 2022 sobre óvnis; avistamentos cersceram mais de 500% em um ano
(Foto: YouTube/ KARE 11/Reprodução)

 

Em documento divulgado na última quinta (12/1), o Escritório do Diretor Nacional de Inteligência dos EUA, ligado ao Departamento de Defesa (Pentágono), informou que o número de relatórios envolvendo óvnis (ou atualmente chamado de fenômeno aéreo não identificado) e militares americanos vem crescendo, “permitindo uma maior conscientização do espaço aéreo e maior oportunidade para solucionar o que realmente está sendo observado”.

Cerca de metade dos novos incidentes informados no relatório anual da inteligência dos EUA tiveram explicações terrenas, revela a emissora americana ABC News.

Essa elevação na quantidade de notificações está sendo atribuída, em partes, ao esforço contínuo para desestigmatizar o avistamento de tais incidentes e focar nos riscos potenciais de segurança que podem representar para o governo americano.

Segundo o relatório dessa quinta, foram 510 fenômenos aéreos não identificados (unidentified aerial phenomenas ou UAPs) no ano passado. Isso representa um aumento considerável, já que o primeiro documento sobre o assunto, revelado em 2021, continha 144 incidentes analisados pelo Pentágono. São 510% a mais de relatos.

Dos óvnis analisados em 2022, de acordo com a emissora, 26 estão sendo associados a drones, 163 seriam balões ou objetos semelhantes a balões e seis são considerados interferência.

O relatório diz que essas avaliações iniciais “não significam que foram totalmente resolvidas ou não identificadas”, mas ajudarão os investigadores na tentativa de determinar como explicar “os 171 relatos restantes de UAP que não foram caracterizados”, alguns dos quais “parecem ter demonstrado características incomuns de voo e requerem uma análise mais aprofundada”.

A inteligência americana está usando a divulgação do documento como uma forma de tentar desmistificar o tema óvni e, ao mesmo tempo, reconhecer os riscos potenciais que ele representa para a segurança do espaço aéreo e potencial atividade de países inimigos.

“Estamos confiantes de que as atividades contínuas de investigação conjunta de UAPs por várias agências provavelmente resultarão em uma maior conscientização de objetos dentro e fora dos domínios aéreo, espacial e marítimo, bem como a noção futura da natureza e origem do UAP”, diz o relatório, citado pela ABC News.

Em audiência no Congresso dos EUA no início de 2023, funcionários do Pentágono revelaram que o número de incidentes envolvendo óvnis sob investigação aumentou para mais de 400. “A segurança de nosso pessoal de serviço, nossas bases e instalações e a proteção da segurança das operações dos EUA em terra, nos céus, mares e espaço são primordiais”, afirma o general de brigada Patrick Ryder, porta-voz do Departamento de Defesa, citado pela emissora. “Levamos a sério os relatórios de incursões em nossos espaços terrestres, marítimos ou aéreos e examinamos cada um deles”.

Em dezembro do ano passado, funcionários do alto escalão do Pentágono disseram a repórteres que não havia evidência de que extraterrestres poderiam ser responsáveis pelas centenas de incidentes com óvnis que estão sendo analisados ou que seres alienígenas possam ter caído na Terra.

“Neste momento, a resposta é não. Não temos nada”, comentou Ron Moultrie, subsecretário de defesa para inteligência e segurança, na ocasião. Ele acrescentou que nada foi encontrado para provar que “algum dos objetos que vimos seja de origem alienígena”.