Realeza britânica não queria que Elton John cantasse no funeral da princesa Diana

O decano da abadia de Westminster, em Londres, na Inglaterra, precisou apelar para o Palácio de Buckingham (residência da família real britânica) para que o cantor Elton John pudesse interpretar a versão de Candle In The Wind no funeral da princesa Diana, em setembro de 1997, de acordo com arquivos do governo britânico.

Segundo a emissora americana CNN, documentos recém-divulgados pelos Arquivos Nacionais do Reino Unido sugerem que houve resistência por parte da monarquia, liderada pela rainha Elizabeth II, porque a letra reescrita pelo compositor Bernie Taupin era “muito sentimental”.

A abadia até conseguiu um saxofonista para deixar como “reserva” para entregar uma versão instrumental da música, caso fosse necessário.

O então decano, reverendo Wesley Carr (1941-2017), conseguiu mudar a opinião da realeza e permitir que Elton John aparecesse, pois seria um gesto “criativo e generoso” para o público.

Diana morreu em um acidente de carro em 31 de agosto de 1997 em Paris, na França, após ser perseguida por paparazzo. Sua morte causou comoção em todo o mundo e grande manifestação de pesar pela população.

A música Candle in the Wind foi originalmente escrita em 1973, em memória da atriz americana Marilyn Monroe, que havia falecido 11 anos antes. Em 1997, foi reescrita e tocada em homenagem a Diana, que era amiga íntima de Elton John.

Em suas memórias de 2019, o popstar britânico conta como viu os atores Richard Gere e Sylvester Stallone quase brigarem por Diana em um jantar que ele ofereceu no início dos anos 1990.

A princesa e Gere se deram tão bem que passaram grande parte da noite sentados no chão perto da lareira, “presos em uma conversa extasiada”, segundo o artista.

Isso aparentemente não agradou Stallone, e os dois atores logo se enfrentaram em um corredor. Apenas uma intervenção apressada de David Furnish, marido de Elton John, evitou uma possível briga.

“Se eu fui surpreendido por Diana, não foi nada comparado ao impacto que ela poderia ter sobre os homens heterossexuais. Eles pareciam perder completamente a mente na presença dela”, escreve o cantor em suas memórias.