Recrutadora do Google dá dicas do que não colocar no currículo, e vídeo viraliza no TikTok

Erica Rivera é uma recrutadora sênior que mora em Chicago (EUA) e presta serviço para o Google. No início de setembro, Ela compartilhou um vídeo em seu perfil do TikTok dando dicas do que se deve evitar na hora de montar o currículo. O conteúdo logo se tornou viral na plataforma chinesa e já conta com quase três milhões de visualizações.

No TikTok, ela explica que, como recrutadora sênior, já analisou milhares de currículos, e as pessoas continuam colocando coisas que são consideradas do passado. “Número um, seu endereço. Não precisamos do endereço completo: apenas cidade e estado”, diz Erica no início da gravação que viralizou.

“Dois: seus objetivos. Tenho que dizer. Isso era legal em 1970. Estamos em 2022”, sugere a recrutadora, explicando que não é mais interessante colocar a seção “Objetivos” no currículo.

Em seguida, ela fala sobre a experiência profissional. “Não precisamos de todo o seu histórico de trabalho desde que você iniciou sua carreira profissional. O que se precisa focar e aprimorar é adaptar sua experiência e currículo à função à qual está se candidatando”.

Outro ponto levantado por Erica Rivera diz respeito aos verbos de ação usados no documento. A especialista pede que as pessoas evitem “eu ajudei” e “fui responsável por”. Em vez da linguagem passiva, a recrutadora sugere o uso de verbos ativos como: simplifiquei, gerenciei, implementei, melhorei, aumentei, produzi e gerei.

“Finalmente, as referências só são importantes mediante solicitação. Não precisamos disso. Perguntaremos se precisarmos de suas referências”, finaliza a especialista no vídeo do TikTok

Em entrevista ao site americano BuzzFeed, Erica Rivera conta que atualmente trabalha com diversas profissões, incluindo Engenharia de Software, Analistas de Dados, Gerenciamento de Produtos e Design de UX (experiência de usuário). Ela diz que há mais algumas coisinhas que podem fazer com que o currículo se torne ultrapassado, como a inclusão de softwares básicos como Microsoft Word ou Excel na seção “Habilidades”.

“Vivemos em uma era em que se supõe que mais pessoas possuem essas habilidades, então é melhor deixá-las de lado”, sugere a recrutadora.

Outra dica? Formatação inconsistente do currículo. “Usar diferentes fontes, negrito inconsistente, diferentes formatos de data etc. fará parecer que você adicionou gradualmente seções ao mesmo documento ao longo dos anos”.

Talvez você não saiba, mas usar palavras-chave no documento pode ajudar a passar pelo sistema de inteligência artificial, que faz o primeiro filtro dos currículos, e chegar às mãos de um humano. Erica diz ao BuzzFeed que também procura palavras-chave. “Devido ao volume de currículos que recebo em determinado momento, normalmente dou uma olhada para ver se o indivíduo possui palavras-chave relacionadas ao trabalho para o qual estou recrutando. Isso determinará se eu gasto mais tempo analisando o candidato”.