Cultura
Sites de turismo retiram shows com golfinhos e baleias
Hotels.com, Orbitz e Trivago não colocarão mais à venda pacotes turísticos que envolvam cetáceos mantidos em cativeiro
O grupo americano Expedia, que envolve agências e sites de viagens como Hotels.com, Orbitz e Trivago, parou de vender pacotes turísticos que envolvam shows de golfinhos e baleias mantidos em cativeiro.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a decisão vem após inúmeros pedidos, incluindo de Carrie Johnson, esposa do primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson, solicitando a proibição de atrações e experiências que envolvam criaturas marinhas em cativeiro.
A decisão do grupo Expedia foi anunciada na última sexta (5/11) no Twitter. “Recentemente, ajustamos nossa política de bem-estar animal. Como resultado, as atrações e atividades que envolvem performances ou interações com golfinhos e outros cetáceos não estarão mais disponíveis em nossos sites”, diz a empresa em seu perfil da rede social de 280 caracteres.
Já santuários à beira-mar que possuem animais em cativeiro são permitidos se forem credenciados e não apresentarem interações ou apresentações, esclarece a empresa em seu site.
Os ativistas estão esperançosos de que outras empresas sigam o exemplo. Para Katheryn Wise, da ONG britânica World Animal Protection, entrevistada pelo The Guardian, afirma que essa é uma notícia incrível e que ficou muito satisfeita com a decisão.
“As empresas de viagens desempenham um papel importante na promoção do entretenimento com golfinhos cativos e, como uma das maiores empresas de viagens do mundo, estamos muito satisfeitos com a decisão do grupo Expedia. É hora de outros gigantes das viagens fazerem a coisa certa e seguirem o exemplo”, comenta a ativista ao jornal.
O grupo Expedia pretendia implementar a política no início de 2022, informa o periódico britânico. “Damos aos nossos provedores 30 dias para cumprir a política atualizada ou remoção do conteúdo do site”, diz a empresa, citada pelo The Guardian.
Ainda conforme o grupo de sites e agências de turismo, ele não “permite o contato físico intencional com animais selvagens e exóticos, que incluem, mas não se limitam a golfinhos, baleias, cetáceos, elefantes, felinos, ursos, répteis e primatas”.