Starbucks decide reembolsar custo de viagens para funcionários que precisarem de aborto ou mudança de sexo

A rede americana de cafeterias Starbucks anunciou na última segunda (16/5) que cobrirá as despesas de viagem de funcionárias que quiserem fazer abortos ou quem necessitar de cirurgia de mudança de sexo (afirmação de gênero).

Como mostra a emissora americana CNBC, a franquia se junta a outras empresas gigantes, como Amazon, Apple e Microsoft na oferta de reembolsos para trabalhadoras que precisarem viajar para abortar após o vazamento de uma decisão da Suprema Corte dos EUA que derrubaria o processo conhecido como “Roe v. Wade”, de 1973, que garantia o direito a esse procedimento. Outras grandes empresas, como Walmart e Disney, optaram por ficar em silêncio sobre essa suposta mudança na decisão histórica de permissão para aborto em solo americano.

A Starbucks é conhecida por defender causas liberais, como apoiar abertamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo e contratar refugiados. Isso também se estende aos direitos dos transgêneros. Por exemplo, de acordo com a CNBC, o seguro de saúde da cafeteria cobre cirurgia de mudança de sexo desde 2012 e uma ampla gama de procedimentos de afirmação de gênero, como transplantes de cabelo ou redução de mama, desde 2018.

Em meados de março, 154 projetos de lei “antitrans” foram apresentados nos poderes legislativos de vários estados americanos, buscando limitar o acesso à saúde, esportes, banheiros e educação por pessoas transexuais, informa a emissora.

Os funcionários inscritos no plano de seguro da Starbucks e que buscam acesso a procedimentos de aborto ou de afirmação de gênero serão elegíveis para reembolso de custos de viagem se não puderem realizar essas cirurgias num raio de 160 km da própria residência.

Um representante da gigantesca rede americana de cafeterias disse no comunicado da última segunda (16/5), citado pela CNBC, que a empresa ainda está trabalhando em detalhes adicionais, como quando o benefício começará. Atualmente, a Starbucks possui 240.000 funcionários apenas nos EUA.