Saúde
Coronavac é associada à paralisia de Bell em estudo chinês
Além da vacina produzida pela Sinovac, a da Pfizer-BioNtech também registrou uma pequena porcentagem de casos de paralisia
A vacina chinesa contra a covid-19 produzida pela Sinovac, a Coronavac, como é chamada no Brasil, e a do consórcio Pfizer-BioNtech podem causar paralisia facial temporária, segundo estudo feito pela Universidade de Hong Kong, na China.
Como mostra o jornal britânico The Times, em Hong Kong foram registrados 28 casos confirmados de paralisia de Bell entre 451.939 pessoas que receberam a primeira dose da Coronavac.
E no caso do imunizante da Pfizer, foram 16 casos relatados em 537.205 chineses que receberam a primeira dose.
O estudo sobre a paralisia temporária causada pelas vacinas foi publicado no periódico científico The Lancet Infectious Diseases na última segunda (16/8).
De acordo com os cientistas, as taxas de prevalência no efeito adverso dos imunizantes é de 4,8 casos a cada 100.000 vacinados com Sinovac/Coronavac e dois casos por 100.000 com a vacina Pfizer-BioNTech.
“Nosso estudo mostra um risco geral aumentado de paralisia de Bell após a vacinação com Coronavac, mas não após a inoculação da Pfizer-BioNTech”, afirmam os autores, citados pelo The Times, que lembra ainda que são necessários novos estudos para confirmar o achado.
Claro que os benefícios da vacina desenvolvida pela Sinovac ainda superam os riscos. “A paralisia de Bell é um evento adverso raro e transitório após a imunização”, diz o estudo, citado pelo jornal britânico, acrescentando que mais de 90% dos casos apresentam melhora após nove meses de tratamento.
Conforme o The Times, a Sinovac vendeu mais de 600 milhões de doses de Coronavac para vários países. Na China, foram administradas mais de 1,8 bilhão de doses.