Entenda a doença renal crônica, que vitimou o ex-governador Jaime Lerner

Nesta quinta (27/5), faleceu em Curitiba (PR) o arquiteto Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, aos 83 anos, vítima de complicações da doença renal crônica.

Essa condição, como mostra o Ministério da Saúde, afeta a estrutura e a função dos rins, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco. "Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo tem evolução assintomática", alerta o órgão do governo.

Como costuma não apresentar sintomas de imediato, o diagnóstico acaba sendo tardio, o que leva o paciente à necessidade de realizar hemodiálise (máquina limpa e filtra o sangue, fazendo o trabalho do rim).

De acordo com o Ministério da Saúde, existem alguns fatores de risco das doenças renais crônicas:

• Pessoas com diabetes (tipo 1 ou 2)
• Hipertensão arterial
• Idosos
• Portadores de obesidade
• Pessoas com histórico de doenças cardiovasculares (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica e insuficiência cardíaca)
• Quem em histórico de doença renal crônica na família
• Tabagismo
• Uso de medicações que afetem os rins

Apesar de o declínio gradual da função renal nas vítimas ser inicialmente assintomática, segundo um artigo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, diferentes sinais e sintomas podem ser observados com falência renal avançada, incluindo hipervolemia (excesso de plasma no sangue), hipercalemia (excesso de potássio no sangue), hipertensão, anemia e doença mineral óssea (dificuldade de absorção de cálcio, fósforo e do metabolismo da vitamina D).

O Ministério da Saúde alerta que a prevenção das doenças renais crônicas está diretamente relacionada ao estilo e condição de vida das pessoas. "Tratar e controlar os fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares e tabagismo são as principais formas de prevenir doenças renais", diz o órgão.

Essas doenças são classificadas como Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que respondem por cerca de 36 milhões de mortes no mundo, segundo o ministério, com destaque para as doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doença respiratória crônica.