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Saúde

Existe um gene que pode aumentar risco de morte por covid-19

Por João Paulo Martins  em 05 de novembro de 2021

Segundo estudo, asiáticos são so que mais possuem o gene que favorece a infecção do coronavírus nas vias aéreas e pulmões

Existe um gene que pode aumentar risco de morte por covid-19
(Foto: Freepik)

 

Em estudo publicado na última quinta (4/22) na revista científica Nature Genetics, cientistas revelam que um gene pode ser responsável por dobrar o risco de morte decorrente da infecção pelo novo coronavírus.

O gene, chamado LZTFL1, impede que as células do pulmão lutem contra a covid-19 e pode levar à insuficiência respiratória, quando o oxigênio não é capaz de chegar aos órgãos vitais, informa o jornal britânico Evening Standard.

“Se você tem o genótipo de alto risco e fica muito doente com a covid, há 50% de chance de isso não ter acontecido se tivesse o DNA de menor risco”, comenta o pesquisador James Davies, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, citado pelo periódico.

O estudo afirma que os asiáticos são a população que mais possui o gene e, com isso, pode ser mais afetadas pelo coronavírus.

Apenas 2% das pessoas com ascendência afro-caribenha carregam o gene de maior risco, conforme os cientistas, citados pelo Evening Standard.

“O fator genético mostra que a forma como o pulmão responde à infecção é crítica. Isso é importante porque a maioria dos tratamentos tem como foco mudar a maneira como o sistema imunológico reage ao vírus”, explica Davies, citado pelo jornal britânico.

Os pesquisadores acreditam que a versão de maior risco do gene provavelmente impede que as células que revestem as vias aéreas e pulmões respondam ao vírus de maneira adequada. Mas o mais importante é que não afeta o sistema imunológico. Então, as pessoas com essa versão do gene devem responder normalmente às vacinas.

“Uma vez que o sinal genético afeta o pulmão em vez do sistema imunológico, isso significa que o risco aumentado deve ser cancelado pela vacina. Embora não possamos mudar nossa genética, nossos resultados mostram que as pessoas com o gene de maior risco provavelmente se beneficiarão com a vacinação”, diz james Davies, citado pelo jornal.