Morte de mulher após 2ª dose da vacina da Moderna ainda precisa ser investigada

Uma mulher de 39 anos, moradora do estado de Utah, EUA, morreu apenas quatro dias depois de tomar a segunda dose da vacina contra covid-19 da biofarmacêutica Moderna. A família da americana acredita que a culpa pode ser do imunizante, mas as autoridades de saúde alertam que não se deve tirar conclusões precipitadas.

Segundo a emissora americana Fox News, Kassidi Kurill, que é mãe de duas crianças, recebeu a segunda dose da vacina da Moderna no dia 1º de fevereiro. Pouco depois, ela adoeceu e sua condição piorou. Na sexta seguinte (5/2), ela estava morta.

O pai de Kassidi, Alfred Hawley, afirma à emissora que na quarta (3/2) sua filha “parecia saudável como um cavalo” e “não tinha outros problemas de saúde conhecidos”.

Apesar da trágica morte da filha, Hawley, que tem 69 anos e é diabético, tomou a vacina por fazer parte do grupo de risco, revela a Fox. Ele reconhece que sua filha teve algo raro, associado a uma em um milhão de pessoas.

“Parece que ela foi a única que teve uma reação terrível”, comenta o americano à emissora.

Especialista pede cautela

De acordo com o médico Erik Christensen, do departamento de Saúde de Utah, entrevistado pela Fox News, esclarece que a segunda dose da vacina recebida por Kassidi Kurill e sua morte estão apenas “temporariamente ligadas”.

“Não há nenhuma evidência de conexões entre as vacinas e as mortes neste momento. Não temos qualquer indicação disso”, afirma o especialista.

Christensen lembra à emissora que efeitos colaterais após a dose do imunizante são comuns. Mas como um indivíduo responde à vacina, diz ele, será determinado por sua biologia.

“Certamente, existem efeitos colaterais de uma vacina que são diretamente ligados ao que está acontecendo em seu corpo. Dor no braço e sintomas de febre podem ser relacionados à resposta imunológica ao que foi colocado em você. Esse tipo de coisa acontece com certeza”, esclarece o médico à Fox News.

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, espécie de Vigilância Sanitária, exige que os responsáveis pela vacinação contra a covid-19 relatem qualquer morte ocorrida após o recebimento das doses ao Sistema de Notificação de Adversos à Vacina (VAERS, na sigla em inglês).

Conforme a emissora americana, no banco de dados do VAERS há quatro mortes relatadas envolvendo residentes de Utah. Uma delas corresponde à descrição do ocorrido com Kassidi, enquanto as outras três eram pessoas na casa dos 80 anos.

O departamento de Saúde de Utah revela à emissora que “investigará qualquer morte em que a vacina contra o novo coronavírus seja mencionada no atestado de óbito”.

“Não há evidências de que as vacinas para covid-19 causaram mortes em Utah. Relatos de reações adversas e morte após a vacinação não significam necessariamente que o imunizante causou o problema. Relatos são verificados e submetidos a estudo científico. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças [dos EUA] também avalia qualquer relatório de morte para solicitar informações adicionais e aprender sobre o que ocorreu e determinar se foi resultado da vacina ou não”, explica o departamento à Fox News.